sábado, 22 de agosto de 2020

Ponha-se em seu lugar...

Às vezes, você, foi…

não… você quer ser!

O melhor se puder,

com o pior de você.

Não, é quem quer?

Sim, o que precisa!

Identifique-se firme,

acolha a sua brisa.

Quem, você, será?

Mundo não deseja.

Seja para si mesmo,

Todo mundo, veja!

O que você, quer…

é disparidade.

Satisfaz outro,

sem veracidade.

No que você peca,

não é ser fecundo…

algo desconhece,

embaixo de ti,

rés-do-mundo.

Pode surpreender,

conhece a ti mesmo?

Sentimento íntimo,

em seu bojo de berço.

Vai perceber a beleza…

franquezas da intimidade.

Amparado de solidão…

quem és tu… de verdade?

E vais ver…

um big-bang, explosão.

Dentro de ti, renascer…

um Deus, da recreação.

Um ser onisciente,

bem-disposto,

condizente,

com o que há, no rosto.

Aí sim… ressurgir!

da morte,

reencarnar,

quem sempre existiu…

subtraído, desamparado,

Ponha-se no seu lugar!

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Chatô: o rei do Brasil de Fernando Morais


Assis Chateaubriand era um homem malvado. Depois de ler o livro pensei como alguém tão ruim que mandou um dos seus jagunços capar um homem com um tiro pôde fazer coisas tão boas? Assim como Getúlio Vargas seu amigo/inimigo, que segundo o mesmo Fernando Morais no livro Olga, teve a coragem de enviar uma mulher grávida para os nazistas a mandarem para a câmara de gás. Após isso, o pai de seu filho, Luís Carlos Prestes, herói dos comunistas nacionais, subiu no mesmo palanque ao lado de Getúlio Vargas. Tudo em nome da política!
Chatô revolucionou os jornais no Brasil com os seus Diários Associados. Ainda adolescente cutucou a maior sumidade nacional, o Águia de Haia, Rui Barbosa. Quando foi da província paraibana para a antiga capital, o mundo teria sido alertado pelo Príncipe dos Poetas, Olavo Bilac, ao vaticinar que todos deveriam tomar cuidado com ele, pois aquele rapaz recém-chegado ao Rio de Janeiro só estava interessado em poder. E não deu outra. Chatô se tornou o homem mais poderoso do Brasil, a ponto de uma lei ser criada por Getúlio – a “Teresoca” - para que ele pudesse tomar da sua antiga esposa, a filha que não estava registrada em seu nome; em represália por ela o ter traído depois de praticamente ter sido abandonada por ele.
Chateaubriand construiu o seu império atropelando os seus inimigos. Um desafeto poderia ir parar na capa do seu jornal com algum crime inventado. O mesmo tratamento era dado a um simples concorrente ou a alguém que simplesmente não anunciava os seus produtos em nenhum de seus veículos, como era o caso de Francisco Matarazzo um dos homens mais ricos do Brasil à época. E a quem Chatô não queria pagar o valor cobrado do aluguel de um prédio onde funcionava o seu jornal, o homem era achincalhado com mentiras diárias.
Mas Assis também criou o MASP – Museu de Arte de São Paulo. Fundou o primeiro canal de televisão, a extinta TV Tupi, e inúmeras estações de rádio, além da antológica Revista Cruzeiro. Empregou e deu chance para que muita gente boa renovasse as telecomunicações brasileiras. Pessoas às quais muitas vezes sem pagar o preço devido. Entre os seus feitos está uma campanha para o aprimoramento das escolas de aviação no Brasil. Embora tudo que fizesse fosse polêmico e recheado de acusações de desvios de recursos. O homem até criou uma campanha para beneficiar a infância.
Num de seus caprichos Assis Chateaubriand quis ser diplomata. Conquistou a promessa do estimado Juscelino Kubitscheck em campanha – com a ajuda de parte da reserva moral do país: Tancredo Neves – em troca de apoio. E lá foi ele ser diplomata. Numa carta da diplomacia inglesa, é dito que Chatô desejava conhecer a rainha depois de uma tentativa frustrada em sua coroação. Tudo isso com um inglês deficiente. Não há como não lembrar do filho de Bolsonaro.
 Talvez por inveja Chatô tenha odiado tanto o seu filho Gabriel, apesar de sua aparência física não deixar dúvidas, ele dizia não ter uma gota de seu sangue. O filho era diplomata de carreira, respeitado no “circuito”. Bastante doente e debilitado em uma cadeira de rodas, o pai ainda o acusava de ser um meliante, segundo palavras do próprio Chateaubriand, que no final de uma briga queria que Gabriel devolvesse um quadro com o qual foi presenteado.
Certa feita cismou que seria senador da república de estados onde mal punha os pés, como em sua Paraíba, e no Maranhão. Depois de eleito nem sequer se dava ao trabalho de ir até à terra daqueles que o elegeram.
Chatô, mudava de opinião como quem muda de roupa, e agia de acordo com os seus interesses, embora desse um tom ideológico às suas atitudes. Um dia ele pegava em armas para lutar ao lado de Getúlio e no outro queria o derrubar. Um dia era a favor da ditadura e no outro estava defendendo um antigo inimigo comunista russo por causa da “diplomacia”. Para ele parecia servir a máxima, os inimigos de meus inimigos são meus amigos. No fim da vida reatou com gente que dizia odiar. Muitas delas foram prejudicadas por sua fúria.
Assis Chateaubriand era um tarado que chamava divorciadas inimigas suas de devassas. Ele catava mulheres simples na rua, em pontos de ônibus, e as dava carona em seu carro de luxo. Mesmo que aparentemente não possuíssem nenhum atributo físico especial. Em sua fase cadeirante, depois de duas tromboses, quando segundo os médicos a ele só restava o sexo oral; mal conseguindo articular as palavras, sabendo que um de seus jornalistas havia sido assassinado por um pedreiro mineiro, de quem desencaminhara a filha de 15 anos. Com o homem preso e o empregado morto, Chateaubriand fez com que buscassem essa menina na favela em que morava nas Minas Gerais e a levassem num avião para a sua mansão em São Paulo, pois queria saber o que ela fez sexualmente para encantar o seu jornalista. Mas ao se ver decepcionado mandou a menina de volta para casa.
Impressiona como Assis Chateaubriand conseguia transformar uma briga de família numa crônica memorável. Embora fosse preconceituoso, as suas tiradas e frases de efeito, os apelidos que punha em seus contemporâneos, seu jogo de palavras, eram inteligentíssimos. Em campanha ele dava discursos ininteligíveis para algumas plateias atônitas. Ia falar com homens simples do interior e começava a discorrer sobre filosofia. Chatô em sua juventude aprendeu alemão; autodidata, ganhou uma biblioteca inteira com livros na língua germânica.
Chatô, O Rei do Brasil, lembra O Anjo Pornográfico de Ruy Castro sobre Nelson Rodrigues, que inclusive escrevia em seus jornais. Existe semelhança nas acidezes de ambos em seus textos. O leitor comum de jornal era um privilegiado. O homem da rua que lia o jornal no trem a caminho do trabalho. Talvez por isso que no tempo da escassa, mas boa educação pública brasileira, e dos grandes jornais populares, era possível encontrar pessoas comuns com o pensamento articulado e a caligrafia impecável.
Assis Chateaubriand é um personagem de seu tempo. Não haveria lugar para o seu texto no mundo de paranoia e censura moral que vivemos; mesmo no ocidente, e depois do maio de 68. Além do mais ninguém tem tempo para ler. No planeta de aparelhos eletrônicos e mensagens de palavras reduzidas. Assim como eu duvido que alguém leia este texto até o final.

Referências:


Chatô: o rei do Brasil, a vida de assis Chateaubriand / Fernando Morais. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.

O Anjo Pornográfico / Ruy Castro. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.
Olga / Fernando Morais. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.

Vazef!

A repórter bonitinha que vive atrás de mim me liga. O famigerado Albatroz é um deslumbrado que adora aparecer. Falem mal, mas falem de mim. Enquanto ela fala comigo o inconveniente dono da loja de conveniências onde o Albatroz comia aparece na televisão. Se ele queria aparecer, ele conseguiu.
Eu queria poder ligar para ela e quem sabe convidá-la para jantar. A Cuíca está sorrindo no canto da sala. Ela diz, o Ovídio era o maior da cuíca, ele era um poeta como o seu antecessor… ele fazia a cuíca falar! Ouço o barulho dos helicópteros e tento me esconder. Os sons de suas hélices me incomodam. Vou até a janela e fecho as cortinas. Do outro lado a menina bonitinha não para de falar. Escuto uma estática e penso, será que o Japonês me grampeou? Ele não tinha sido preso?
O fato é que eu jamais escondi o Maurício Albatroz! Adoro esta frase, não sei porquê. Ela diz, então o Albatroz pulou o murou? Ele apareceu voando na casa do senhor? A Cuíca explode numa gargalhada. Eu quase tenho um acesso de riso. Tento não rir para conter o estrago. Mas, claro! Ele é um albatroz! A Cuíca diz e rola no canto da sala. Ela levanta as suas patinhas. Ela me persegue desde que eu visitei o México. Tampo o bocal do telefone.
Num grampo o Albatroz fala sobre o pessoal da cúpula. Que cúpula é esta? Uma família de insanos! Eu mastigo um comprimido. Na televisão ninguém sabe pronunciar o seu nome. Não é Vassef, é Vazef! A Cuíca diz, quem vazou foi o ministro que não sabia escrever! Ele não saberia escrever! E quem vaza a jato é o Sérgio Mouro. A Cuíca diz, eu sou argentina. Vazef me lembra o Aleph de Borges. Vendo que não entendi nada a Cuíca debocha, Maradona é melhor que Pelé, entendeu agora? O marsupial debochado me persegue aonde quer que eu vá. Meto a boca na bica e engulo mais dois comprimidos. Deve ser uma alucinação. Tem cuíca d`água no Brasil? Não.
O Albatroz bêbado com sua esposa e o dono da conveniência cantam Tonturas de Amor de Wagner num noticiário. A Cuíca comenta. Será que o ministro nazista que pôs a música do Wagner sabe que eles são diferentes? Não posso perder tempo com estas besteiras. Tenho de trabalhar. Desligo o telefone na cara da repórter bonitinha. Era para este Albatroz e sua mulher Fársia estarem em Rio das Perdas a esta hora comprando pizzas para o jantar. Ele foi para Bangu. A Cuíca grita, O Isaías do Borel vai tá lá! Você lembra daquele Garotinho? Ela me pergunta.
O William Donner está falando sobre mim no jornal. Ele fala sobre a minha ex-esposa. A Cuíca grita, será que ele não pensa nem por um segundo se a sua esposa é da família dele? Não. Eu respondo. O Doner dela é com um N só. O dele é com dois. A Cuíca não para de sorrir. Ela consegue ler os meus pensamentos. Estou preocupado com isto. Ex-esposa é para sempre! Diz a Cuíca. Esposa acaba. Ex-esposa, não. A sua está enrolada, mas a Ex do Soldado Expulso do Exército também. Capitão uma ova! Capitão lá para os biscates dele! Soldado Expulso! Expulso! Eu grito com o marsupial que dança comigo na sala.
A Cuíca sorriu quando a repórter loura veio em minha direção na farmácia… como eles tem repórteres bonitas neste canal! O fato é que jamais escondi Maurício Albatroz! Não existe isto! Ela também adora esta frase. Perguntei a ela no carro. Eu me saí bem? Ela sorri e diz que sim. Ela repete empunhando a pata como se fosse um dedo em riste. O fato é que jamais escondi Maurício Albatroz, este é o fato!
eu digo à Cuíca que nós sempre descobrimos uma traição. Ô raça ruim é advogado! Eu sou advogado, mas eu vou te contar hein? A polícia denunciou a minha empregada mandando o Albatroz se esconder de mim. Não conta nada para o Anjo Caído, ela disse. Eu me sinto um anjo de asas quebradas, mas este Albatroz vai ver como é viver numa gaiola! Abro a cortina devagar. O helicóptero está literalmente parado no ar em minha janela. Nem as hélices se movem. Tenho medo de que eles tenham vindo me buscar.
Outra advogada. Ela diz que eu nunca fui advogado da família. Mastigo outros comprimidos. Vamos passar um trote? Oi, tudo bem Karina Cuba? O meu nome não é assim! Quem é que tá falando? Aqui é o advogado do diabo! Ela xinga um palavrão e bate desliga. A Cuíca sorri. Você é tão da água quanto eu sou da verdade! Engulo comprimido. Você nunca ouviu uma cuíca falar? Ela me diz, vai, liga para ele! Esfrego as minhas mãos, eu vou ligar…
Alô, okay? Okay! A Cuíca pega o telefone da minha mão e pergunta. Sabe quem estava no sítio em Atibaia junto do Lula Molusco? Ele diz, não. O Albatroz! Ela cai na gargalhada. Eu pego o telefone e mudo a minha voz, cade o Léo Primo? O Carlinhos não sente saudades dele? Quem é que tá falando? Maconheiro comunista! Eu te dou um tiro nos cornos!
Vejo que os olhos da Cuíca d`água têm olheiras iguais às minhas. Ela diz, antes de cair no sono Anjo Caído… se o seu o codinome é Anjo Caído, e você é amigo do Maurício Albatroz, qual é o nome do filme? Eu não sei te responder. Ela sorri. Os Pássaros de Hitchcock! Ela caia na gargalhada. Eu caio no sono...

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Não é de Berlim...

Mercúrio cromo usado pra brincar de sangue

Vinho tinto escorre bang-bang

Faroeste espaguete à italiana

Brincou de casinha foi de cana

Pólvora que não é de espoleta

Lágrima clara pele preta

Vendeta, omertà, inocente gang

Comando Ilha Grande e falange

O inimigo morto não é "alemão"

É quem corria com você pelo quarteirão

 

Não é de Berlim, não é de Berlim

O boneco não é de Berlim

Não é de Berlim, não é de Berli

A maquete não é de Berlim

Não é de Berlim, não é de Berlim

O muro não é de Berlim

Não é de Berlim, não é de Berlim

 

Brincava no pátio fugia da prisão

Exibe algema na programação

Quem pulava o muro fazia coisa feia

Dorme num canto numa cela cheia

Bala videogame e atiradeira

A consolação morte ou cadeia

Furor patriótico e armamentista

Mancha sangue capa de revista

O inimigo morto não é "alemão"

Quem corria com você pelo calçadão

 

Não é de Berlim, não é de Berlim

O boneco não é de Berlim

Não é de Berlim, não é de Berli

A maquete não é de Berlim

Não é de Berlim, não é de Berlim

O brinquedo não é de Berlim

Não é de Berlim, não é de Berlim

sábado, 4 de julho de 2020

Eu Fui Atrás do Circo...

Federico Fellini em sua biografia, Eu, Fellini de Charlotte Chandler. Fala sobre um circo que passou por sua cidade, Rimini, e que fez com que ele sentisse vontade de acompanhar a trupe. O circo está presente em pelo menos dois de seus filmes La Strada (1954), e I Clowns (1970). Ingmar Bergman também mostraria o circo em Gyclarnas afton (1953). A obsessão com a vida mambembe também se apresenta na Caravana Rolidei da obra Bye-Bye Brasil (1980) de Cacá Diegues. Em que a personagem de Fábio Júnior quer sair para ver o mar, assim como o João de Santo Cristo da música Faroeste Cabloco (1987) da banda Legião Urbana, e os dois terminam em Brasília. A minha avó era trapezista de circo, quem sabe o sonho de ir atrás do espetáculo permaneça em minhas veias, veias essas que eu sigo como vias de uma estrada. Talvez por isso tenha abandonado a escola para seguir um grupo de teatro. E simplesmente andei em direção de casa por não gostar de um lugar onde trabalhava. Deixei pessoas, cidades, ideologias, segurança, e até mesmo o meu país, pura e simplesmente para seguir o circo da minha vida. Penso ser mais provável que este destino esteja de acordo com a frase da longa O Palhaço (2011) de Selton Mello. “Na vida a gente tem de fazer o que sabe fazer: o gato bebe leite, o rato come queijo… E eu sou palhaço.”

sexta-feira, 26 de junho de 2020

O Puto e a Rapariga da Bicha...

Um puto e uma rapariga estavam entediados atrás de uma bicha. Quando este brasileiro puxou assunto e contou ao português que um puto que ele conhecia tinha acabado de voltar para o Brasil com uma rapariga. O português segredou ao brasileiro que queria engatar e perguntou se ele tinha um durex. O brasileiro disse que ia buscar um Durex no carro. Ele deu a fita ao português e disse que achava difícil que ele conseguisse engatar com aquilo. O português ficou encucado. O brasileiro falou que estava de saco cheio de esperar. Engatou a marcha à ré, fez o jogo, e foi embora.

quarta-feira, 24 de junho de 2020

Eu Fiquei em Serra Pelada...

Sabe o que é um “blefado” aqui em Serra Pelada? É um tipo de garimpeiro que passa a vida toda sonhando “bamburrar”. Ou seja, tirar a sorte grande. Eu sou um deles. Todos os meus conhecidos foram embora. Eu fiquei neste barranquinho. Na esperança de que a pepita dos sonhos venha para as minhas mãos. Todos os meus eles arrumaram um emprego, foram estudar, mudaram de profissão e se casaram. Eu me mantive só. Não consigo me desvencilhar desta terra. O brilho do ouro é intenso demais para que eu me esqueça dele tão facilmente. Eu sou como aquele artista que vive à espera da música de sucesso, na espectativa que as pessoas se dêem conta do seu trabalho. Enquanto os anos foram passando ele envelheceu sem se dar conta. Igual um ex presidiário que passou tanto tempo preso que o mundo ao redor da cadeia se tornou irreconhecível e difícil de se adaptar. Ele passou tanto tempo ali que seria melhor que continuasse preso. Acho que cheguei a esse estágio. Eu sou assim, vivo com o sonho que aconteça comigo o que aconteceu com os meus “amigos” que estavam ao meu lado. Fiquei preso naquele dia em que um amigo conseguiu “bamburrar”, e que arrancou o tesouro da terra. Rememoro as oportunidades perdidas. E nos meus pensamentos a culpa é sempre minha, que estava no lugar certo com a cabeça errada. No tempo em que eu tenho estado aqui, e lá se vão vinte e oito anos… Fortunas garimpadas foram torradas, e novos garimpeiros nasceram, enriqueceram, fizeram fama, tiveram filhos, e morreram. Mas eu continuo aqui. Ecoa na minha cabeça a frase que diz, a esperança é a última que morre! É que o brilho do ouro ofusca os meus pensamentos. Imagina poder viver em liberdade, ser feliz, viver do que gosta! Ah…