sábado, 12 de fevereiro de 2022

Eu

Não corroboro com o que você diz, mas não desejo ser deselegante nem omitir opiniões baseadas no ciúme, na inveja, ou falta de empatia. Pensarei sobre isso.

Sábado Brasileiro

Eu vou beber, fumar, e cheirar no bloco, a ouvir funk, discutir futebol, Big Brother, Lula e Bolsonaro. Pois isso ameniza a dor de viver num Brasil de merda.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Ilha de Edição

Waly Salomão disse: "A memória é uma ilha de edição." Estou aqui trancado numa igual àquela personagem do filme Doces Poderes de Lúcia Murat que edita as campanhas políticas ou o narrador do livro Pornopopeia de Reinaldo Moraes. É verdade, montamos tudo na nossa cabeça, o passado, e cada frase  que vamos dizer. Quando chego ao ponto de escrever já pensei diversas vezes sobre o assunto. Tenho a Síndrome do Pensamento Acelerado, TDAH e ansiedade. Os meus olhos são câmeras e os meus ouvidos gravadores. Por isso que o ritmo da minha montagem é igual ao de Vertov em O Homem da Câmera de Filmar, e o de Godard em O Acossado, e a linguagem videoclipe. Gosto das redes sociais porque trabalham com colagens de imagens, apropriação, e found footage. Mas eu queria mesmo era gravar ao invés de escrever, porque eu falo como escrevo, e a única diferença da fala para a escrita é o tempo. Pensamos- falamos. Pensamos-repensamos-escrevemos. Não consigo gravar com o celular por causa da pontuação... o texto saí todo errado. Alguns clássicos foram ditados por seus autores. Quando conseguir isso vou escrever ao caminhar como já faço.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Vício é vício

A agressividade é inerente ao ser humano e precisa ser canalizada. É por isso que muitos adoram filmes violentos, sadomasoquismo e lutas. A maioria vê um lutador matar o outro e vai dormir satisfeito sem precisar estrangular o chefe na segunda-feira. Outros, não. Antigamente os videogames precisavam de televisão. Se você fosse classe média baixa ia ter de disputar à tevê com adultos que desejavam assistir à novela ou o jornal. Mesmo assim os aparelhos esquentavam e começava o cheiro de queimado. A ficha do fliperama custava dinheiro. Hoje os telemóveis estão nos bolsos e os computadores portáteis nas mochilas. Todo mundo evita lugares sem Wi-Fi. E não existe nada melhor do que um filho quieto. Um estudioso acredita que o número de psicopatas cresceu nos Estados Unidos em decorrência dos traumas da guerra e do aumento da fascinação pela violência exibida no cinema. O normal das famílias hoje em dia é ter gente viciada em pornografia, redes sociais, e jogos. Mesmo que não admita. O nosso cérebro não estava preparado para a internet, creem alguns neurocientistas, é muito estímulo, vicia. A indústria dos jogos movimenta milhões e agora faz parte da cultura. Todo mundo joga. Os governos fazem vista grossa com a regulamentação para não perderem as suas fatias. Vício é vício, e vício rouba tempo, atrapalha o desenvolvimento, e põe ideias na cabeça de quem têm poucas. Sejam elas; fazer sexo com crianças, roubar para comprar crack, ou explodir uma escola.

Se liga, malandragem

Se liga malandragem, o racista homofóbico machista que você tem que temer não é o Trump ou o Bolsonaro, desses vocês já sabe o que esperar. Você tem que temer é esse lobo em pele de cordeiro que está ao seu lado, sugando o seu sangue, ganhando dinheiro com o seu sofrimento, fazendo projetos, angariando votos, querendo que você bata sempre na mesma tecla enquanto ele se adianta com os seus projetos acadêmicos, artísticos, e políticos, e você fica aí parado dando o seu sangue na favela enquanto ele volta para a sua casa aconchegante de carro. Se liga!

Preciso Repetir

Não sou escritor de periferia. Sou escritor e cantor, assim como Chico Buarque de Holanda, que não é escritor de àrea nobre. Mas apenas, escritor. Embora escreva muito sobre a periferia em minhas músicas e livros. Sou cineasta, assim como Woody Allen não é um cineasta branco, eu não sou um cineasta negro, eu sou um cineasta. Sou ator, e negro, assim como Morgan Freeman, não sou um ator negro, embora fale sobre negritude e combata o racismo. E sou um pensador, e não me sinto na obrigação de falar sobre filosofia negra que vocês incentivam porque não querem dividir o bolo com pessoas que julgam serem inferiores em seus espaços, e que espaços!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Monark

O Monareta-Monark é um semianalfabeto que nunca leu nem o Harry Potter, mas mantinha a maior audiência do Brasil e carregava na testa o rótulo de inteligente. Assim como o seu avô, o Olavo de Caralho, que o Diabo o tenha, também falava para supostos inteligentes igual às funkeiras que vivem de suas bundas deliciosas e são símbolo da esquerda e do feminismo porque xingaram o Bolsonaro no Twitter inspiradas por suas amigas patricinhas da Globo que nunca puseram a cara na rua e são militantes virtuais como diria o Fat Joe: "Eu vejo mais o Michael Jackson na quebrada do que você." Temos um rapazola criado a leite com pera que era da Jovem Pânico e o vi bater no peito e dizer que era editor do Olavo de Caralho. Defendia o Bolsonaro até que isso passou a ser de mal gosto. Agora é da Band onde tem um bolsonarismo mais clean, lembra da reunião: "O cara da Band está aqui atrás de dinheiro…" E o Datena quase infartou ao vivo, coitado, lembra? Então, esse rapagão agora é isento e fala da Lapa, Santa Teresa, e samba de raiz e só falta aparecer com uma camisa do Lula Molusco. Não sou a favor de cancelamentos porque julgamentos no calor da história não são confiáveis. As empresas fazem isso por causa da dinâmica do capitalismo, apenas. O povo boicota quem quiser. Eu mesmo sou cancelado em em pequeno cosmos por expressar as minhas opiniões. O que me impressiona é um idiota desses ter esse número de seguidores. Embora não creia que manifestar os seus preconceitos e a sua violência, como os americanos acreditam, seja sinônimo de liberdade. E é isso que eles querem levar para o Brasil. Michael Moore diz: "Meu país, o país dos idiotas", e eu complemento: "Com o maior deles no poder."