quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Vício é vício

A agressividade é inerente ao ser humano e precisa ser canalizada. É por isso que muitos adoram filmes violentos, sadomasoquismo e lutas. A maioria vê um lutador matar o outro e vai dormir satisfeito sem precisar estrangular o chefe na segunda-feira. Outros, não. Antigamente os videogames precisavam de televisão. Se você fosse classe média baixa ia ter de disputar à tevê com adultos que desejavam assistir à novela ou o jornal. Mesmo assim os aparelhos esquentavam e começava o cheiro de queimado. A ficha do fliperama custava dinheiro. Hoje os telemóveis estão nos bolsos e os computadores portáteis nas mochilas. Todo mundo evita lugares sem Wi-Fi. E não existe nada melhor do que um filho quieto. Um estudioso acredita que o número de psicopatas cresceu nos Estados Unidos em decorrência dos traumas da guerra e do aumento da fascinação pela violência exibida no cinema. O normal das famílias hoje em dia é ter gente viciada em pornografia, redes sociais, e jogos. Mesmo que não admita. O nosso cérebro não estava preparado para a internet, creem alguns neurocientistas, é muito estímulo, vicia. A indústria dos jogos movimenta milhões e agora faz parte da cultura. Todo mundo joga. Os governos fazem vista grossa com a regulamentação para não perderem as suas fatias. Vício é vício, e vício rouba tempo, atrapalha o desenvolvimento, e põe ideias na cabeça de quem têm poucas. Sejam elas; fazer sexo com crianças, roubar para comprar crack, ou explodir uma escola.

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