domingo, 5 de dezembro de 2021
Balanço Anual
quinta-feira, 2 de dezembro de 2021
Abrantes, mon Chéri...
Abrantes, mon
Chéri...
Um frio do cacete.
Velhote de boina.
Velhota de cachecol.
Miúdo pornô.
Rapariga TikTok.
Idioma inglês.
Pastéis e abatanados.
Pera Doce e cigarros eletrônicos.
Esculturas e pinheiros.
Ruas solitárias e vazias.
Sinto saudades do que vivo.
Abrantes, mon amour...
Bolsonaro e o Supremo
quarta-feira, 1 de dezembro de 2021
Variante vinda da África
Não
adianta ser indiferente ou não tomar partido da desgraça alheia. Se você vive
no mundo pode ser atingido com o sofrimento do outro. Não funciona morar num
prédio da zona-sul do Rio de Janeiro e viver cercado de favelas. O garoto que
você menospreza no sinal é o mesmo que vai dar um tiro no seu filho amanhã. Isto
acontece agora com a variante descoberta na África. Vivemos num mundo
globalizado e sem fronteiras espaciais. É gente indo e vindo o tempo todo. Não vale
estocar vacina ou comida se o outro não tem nada disto. Um dia inevitavelmente
ele irá bater à sua porta. Seja através de um vírus ou como imigrante. Mesmo
que precise viajar dias num pequeno barco furado fugindo de uma guerra. Nós
sobrevivemos por causa disso, lembra da teoria da evolução? A pulsão de morte e
a pulsão de vida precisam caminhar juntas. Independente de você acreditar em Deus,
na medicina, no governo, ou na indústria farmacêutica, caso você vá para o
carnaval ou para as festas de fim de ano, você terá de assumir o risco de o
vírus comer o seu cu, independente da sua idade e orientação política.
terça-feira, 30 de novembro de 2021
Bolsonaro e Aristides
Eu amo essa história... Do cara que foi criado na carreira militar, mas que no fundo sente afeição por outros homens, e vive uma paixão ardente por seu colega de quartel, mas os dois não conseguem assumir isso publicamente. Ele vive atormentado. O filho também não pode dar testemunho da sua sexualidade. A mulher o trai porque não consegue segurar seu desejo como ele. Acho esta história tão bonita... A sociedade com a religião e a sua cultura não deixam o cara se entregar às suas inclinações. Ele com raiva começa a combater os que sentem o mesmo que ele. Eu imagino Bolsonaro abandonando tudo, presidência, Lula, bolsonaristas, e o cacete a quatro, e indo encontrar Aristides que o espera sem camisa manejando um barco em frente a uma cabana numa ilha do Pacífico. Seria um fim tão bonito. Pena que a vida é tão amarga e cheia de contratempos.
Tempo a Perder
segunda-feira, 29 de novembro de 2021
Literatura de Compadres e Comadres
Português corretíssimo.
Ausência de clichês.
Pontuação perfeita.
Falta de baixo calão.
Literatura de compadres... e comadres.
Inúmeros títulos.
Estudos acadêmicos.
Adotados em escolas.
Prêmios em concursos.
Literatura de compadres... e comadres.
Sem sangue.
Sem sexo.
Sem ódio.
Sem ressentimento.
Literatura de compadres... e comadres.
Cantatas poéticas.
Saraus, tertúlias.
Vozes sonolentas.
Bocejos.
Literatura de compadres... e comadres.
Vírgula milimétrica.
Decantar o amor.
Escrever à noite.
Sobrenome pomposo.
Literatura de compadres... e comadres.