domingo, 18 de agosto de 2013
Tem Cura Para a Compulsão Sexual?
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
Aí, Qual Foi Daquele Neguinho?!
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
Brigitte Bardot...
A Banana Mecânica...
A Cela...
domingo, 4 de agosto de 2013
Lolita, Stanley Kubrick, Adrian Lyne e Vladimir Nabokov...
o filme de Kubrick se distancia do livro. ele apresenta o Humbert
Humbert verdadeiro. sem a máscara social. conta os podres que Humbert Humbert
só contaria a si mesmo. extrapola a imagem que Humbert Humbert cria das
pessoas. no filme de Kubrick tanto Humbert Humbert quanto a mãe de Lolita são
histriônicos. gosto do clima sombrio de thriller psicológico. do nonsense.
aquela cena do atropelamento parece Hitchcock. gosto do toque noir. mas o
Humbert Humbert de Adryan Line é mais próximo da descrição que o personagem faz
de si mesmo. no filme de Kubrick, Petter Sellers impressiona já na primeira
cena em que aparece dançando aquela música formidável. assim como Lolita. Peter
Sellers tem todo seu ar canastrão. na cena do hotel tortura Humbert-Humbert
psicologicamente. vi uma entrevista em que Nabokov evitou falar de Lolita de
maneira mais profunda. ou ele não quis se limitar a falar de Lolita. também não
sabemos que tipo de constrangimento sofria ao ter de falar de Lolita. o livro
parece ter superado o conjunto da obra. Adrian Lyne acerta ao mostrar Annabel -
a paixonite adolescente de Humbert Humbert - pois é uma substituta para ela que
Humbert Humbert busca em todas as meninas até encontrar Lolita. a Lolita de
Kubrick é mais sensual. mais tentadora. como na cena antológica em que toma
banho de sol. mas é uma Lolita que não dá a mínima para Humbert Humbert. é uma
Lolita cruel. já a Lolita de Adrian Lyne tem uns momentos de ternura com
Humbert Humbert. pode até se dizer que rola uma lua de mel entre os dois. talvez
isso seja mais próximo do livro. pois de alguma maneira ela alimenta o jogo.
não pode ser sempre esnobe. a cena que Humbert Humbert reencontra Lolita é a
cena que mais gosto do filme de Kubrick. a noção do fracasso está ali. e
novamente a memorável cena do reencontro em que fica explícito toda decadência
e desespero de Humbert Humbert. doente de ciúme. É a cena que mais gosto do
filme de Adrian Lyne. mas o melhor é ler o livro, assistir aos filmes, e tirar
as suas próprias conclusões.