segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Terapia é um Luxo

Depressão é coisa de pobre. Terapia é coisa de rico. Depressão é barata. Terapia é cara. O rico vai à terapia com medo da "loucura". O pobre não vai à terapia com medo de ser chamado de "louco". O rico toma remédio e cura a loucura. O pobre enche a cara e continua louco.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

A Percepção

Eu ouvi de um colega mais jovem que o melhor disco de todos os tempos foi lançado este ano. Alguém da minha idade pode pensar o contrário. Outro mais velho dirá algo diferente. Se me perguntarem direi que não sei, pois é muito difícil confiar em nossa percepção. Ela faz o passado parecer maravilhoso ou o presente o máximo dependendo da idade que você tenha.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Desistir... Nunca!

Perder o bonde. Perder o trem da história. Atrasar. Tropeçar. Levar porta na cara. Levar torta na cara. Pegar quebranto. Puxada de tapete. Pé na frente. Cair. Capotar. Ganhar não. Ter o currículo jogado para debaixo da pilha. Chegar antes e ser passado para trás. Ver todo mundo se adiantando. Desistir... nunca!

terça-feira, 20 de dezembro de 2022

O Padrão

É preciso manter o padrão. Ser o funcionário do mês. O aluno ideal. O amigo fiel. Sempre seguindo o crivo da maioria da parte à qual você pertence. Pois é proibido ser indivíduo integrante do todo. E dentro da sua casca da gema de ovo aceitar tudo. Excelente, você está pronto e pafronizado. Mas não, livre.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

A Contradição

A contradição faz parte do drama humano. E qualquer esforço para detê-la deve ser encarado como inútil. Pois é da revisão de fatos e opiniões que advém as grandes mudanças tanto no campo social quanto no microcosmo pessoal. Aceitar o contraditório é ser honesto consigo e com os outros. Além de ser a única forma de aperfeiçoamento.

domingo, 18 de dezembro de 2022

A Bolha

 Eu gosto desse conceito de bolha. A pessoa vive em sua religião, orientação política, time ou grupo; só lê, vê, e vive para reforçar àquilo que ela já pensa. Não quer saber nada sobre o outro ao qual crítica. Talvez para não decepcionar os seus pares e sentir a solidão de pensar por si próprio. Ou quem sabe com medo que algo seja diferente do que acredita. Então prefere viver à base do não vi e não gostei. E sendo assim perde a oportunidade de explorar o mundo. E isso acontece tanto com um prêmio Nobel quanto com o seu Zé das Couves.

As Sequelas da Pandemia

A maior parte das pessoas passou incólume à pandemia. E assim tem de ser. Caso contrário a vida não segue. Mas é perceptível, mesmo à distância, que a pandemia deixou um lastro de destruição psicológica na mente de parte dos brasileiros. Para além dos que foram afetados diretamente com a perda de entes queridos. Independente de muitos terem ou não consciência disso. Pessoas idosas por que ficaram confinadas durante muito tempo enquanto assistiam os falecimentos de indivíduos de sua geração, ou jovens em dificuldades com o trabalho, saíram do Covid mais desesperançados do que antes. E isso passa ao largo das torcidas dos políticos. Muitos de ambos os lados apoiaram os seus algozes sem perceberem que eram manipulados por eles em seu jogo. O sofrimento psíquico é silencioso e o ser humano comum tende a menosprezar a sua saúde mental. Mas, é justamente ela que apresenta o dano mais vigoroso e duradouro.