Um bom aluno (a) não sabe escrever corretamente; não frequenta às aulas, e quando vai à escola, ele abre no joguinho ou nas redes sociais e fica em silêncio, pois aprendeu que os professores em sua maioria não gostam de sabichões que fazem perguntas ou observações. Um bom aluno é bem relacionado com seus colegas; principalmente os mais vagabundos, ele entendeu que são eles que irão assinar o seu nome nas listas de presença e trabalhos em que não se fez presente, então mesmo que goste de outras drogas, ele paga muita cerveja para esse pessoal que adora essa bebida mais do que tudo. Quando chega no ensino superior, o bom aluno adota as mesmas convicções, gostos, e preferências de seus professores, o que é determinante para o sucesso de sua carreira acadêmica. O bom aluno sabe algo que ninguém sabe, que seu futuro acadêmico depende da sorte de conquistar a simpatia dos professores.
segunda-feira, 24 de janeiro de 2022
Políticos Brasileiros
Perdi uma amizade de infância por causa das minhas opiniões sobre os políticos brasileiros. Se eu for dizer o que eu penso dos políticos brasileiros de esquerda, direita, centro, cantinho... não me sobra um amigo. E ainda existem alguns portugueses surtados que defendem políticos brasileiros. Choram e tudo assistindo documentários. Iguais muitos brasileiros que fazem isso, e nunca pisaram na Baixada ou no cu das favelas cariocas. Só conhecem favela gourmet com grupinhos de artistas e ONGs como guias. Estou falando de esgoto, ratos do tamanho de gatos, barraco de madeira, e chão de terra. Invasões. Nunca sentiram o aroma fétido da violência, da fome, e da miséria. Garganta eu também tenho. Eu quero ver fazer trabalho em presídio com assassinos, limpar feridas de mendigo, dar banho em criança pestilenta, lavar bunda de velho... Ser militante de Facebook eu também sou. Ganhar dinheiro para fazer projeto social e se promover é mole. Se me derem uma grana eu vou na hora. É só dizerem quanto.Perdi uma amizade de infância por causa das minhas opiniões sobre os políticos brasileiros. Se eu for dizer o que eu penso dos políticos brasileiros de esquerda, direita, centro, cantinho... não me sobra um amigo. E ainda existem alguns portugueses surtados que defendem políticos brasileiros. Choram e tudo assistindo documentários. Iguais muitos brasileiros que fazem isso, e nunca pisaram na Baixada ou no cu das favelas cariocas. Só conhecem favela gourmet com grupinhos de artistas e ONGs como guias. Estou falando de esgoto, ratos do tamanho de gatos, barraco de madeira, e chão de terra. Invasões. Nunca sentiram o aroma fétido da violência, da fome, e da miséria. Garganta eu também tenho. Eu quero ver fazer trabalho em presídio com assassinos, limpar feridas de mendigo, dar banho em criança pestilenta, lavar bunda de velho... Ser militante de Facebook eu também sou. Ganhar dinheiro para fazer projeto social e se promover é mole. Se me derem uma grana eu vou na hora. É só dizerem quanto.
domingo, 23 de janeiro de 2022
Big Brother Brasil
Quando as vendas de livros despencam no Brasil, as livrarias brasileiras já sabem; começou um novo Big Brother. Quando o programa termina, elas disparam tanto que fica até difícil manter o estoque.
Saudades dos meus livros
As pessoas estão nos aparelhos. Os lugares nas fotos e vídeos. Mas sinto saudade dos meus livros. Deixar uma biblioteca para trás é abandonar uma vida. Obras escolhidas à coração. Selecionadas durante décadas. Coleções de escritores fisgadas milimetricamente em sebos obscuros e empoeirados de vários lugares. Conseguidas à custa de muita disposição. Toda a linhagem artística à qual parte pertenço. E nenhuma frase sobre eles. Não sei se serviram a alguém, se foram lidos, queimados, vendidos, ou simplesmente abandonados por falta de espaço. Não vou conseguir superar esta perda. Sinto saudade deles ao meu lado. Eu abria um que havia relido diversas vezes, e era feliz. Numa época em que gente que não gosta de ler queima livros com a desculpa de não querer queimar árvores... Pressinto que por mais errante que seja, terei de carregar uma bibliografia comigo. Embora afeito aos exemplares virtuais, penso que tenho de arrastar um baú por aí, como fazia Nietzsche.
Pessoas diferentes parâmetros diferentes
Não vou julgar a minha filha caçula, música, e maconheira, como julgo a primogênita matemática e abstêmia com quem tenho mais afinidades. Pessoas diferentes, parâmetros diferentes. Não podemos ser vítimas de nossas simpatias. Não posso promover a funcionária menos capaz, só porque ela tem um rabo e uma estampa bonita, e não fui com a cara da velhota, feiosa, e caxias. Não vou privilegiar determinado aluno porque ele tem inclinações parecidas com as minhas, e o outro prefere aquela abordagem que eu não aprovo. É preciso perceber o esforço, trabalho, estudo, e fundamento. É dificílimo. Isso não se aprende na escola. Mas é hora de começar a ser ensinado, pois tem muito doutor cometendo erros que pertencem à nossa natureza, mas se reconhecidos, podem ser alterados. Formamos opiniões muito rápidas sobre as pessoas, e que na maior parte das vezes não condizem com a realidade. Caso contrário, fica algo assim, não vou com a cara desse cara, porque ele não torce para o mesmo time que eu, pertence ao mesmo partido, ou segue o que eu acredito.
Caetanos
Existem três Caetanos: o que experimenta, o que interpreta músicas de outros estilos e artistas, e o Caetano que criou o seu próprio estilo e que é uma mistura dos dois Caetanos acima. Esse disco novo pertence ao terceiro Caetano. De todos os Caetanos os melhores.
Verbo Coisar
Ô coisa, ô coisinha!
É hora de coisar...
vamos coisando.
Sem coisificar ninguém!