Pensamento livre.
Livre pensar.
Livre-pensador.
Sem paixões.
Sem ódios.
Por amor.
Pensamento livre.
Livre pensar.
Livre-pensador.
Sem paixões.
Sem ódios.
Por amor.
Livre pensar,
sempre foi...
Artigo de luxo.
Algo raro,
para poucos...
Vinho envelhecido,
para corações ricos...
puros.... e loucos.
Aqui em Abrantes que é um pedaço do paraíso em
Portugal também vivem ciganos. Eles são tão discriminados no país quanto nós
negros. Discriminação que nunca senti, diga-se de passagem. Não quero dizer com
isto que não exista. Para um negro o Rio de Janeiro é um campo de concentração.
Prefiro viver e me sinto mais seguro aqui do que no país onde nasci. Pois
bem... Eu vinha com o meu black quando vi um adolescente cigano (tenho
certeza) agredindo às meninas negras por causa das suas tranças. Eu tive de
intervir à confusão que ia às vias de fato à pedradas e tudo. Eu defendi os
ciganos em várias conversas e continuarei a fazer isto. Dizem que são
violentos. Nós, os pobres do mundo, sempre somos tidos como violentos,
independente de raça. Mas, pensei, ao invés do lado fraco se unir. No Brasil
conheci também: "Negro que não gostava de nordestino, nordestino que não
gostava de gay..." Existe aqui uma espécie de Bolsonaro sem jabuticaba, e
um dos do partido dele tentou matar uma família de suecos por ódio racial.
Fiquei pensando: "Meus Deus! O que ele deve pensar de árabes e
latinos?" Nietzsche disse que Deus está morto, pois nós o matamos. Se isso
aconteceu, nós o matamos foi de desgosto!
Eu sempre tive interesse pela psique dos psicopatas. "Talvez você seja um!", "Na minha geladeira só tem comida saudável... não comeria restos humanos.." Eu não me interesso pelos "cínicos", que somos nós, a maior parte da população, as pessoas comuns. O cínico nunca me interessou nem como figura literária. Pois eu gosto de extremos. "Fulano não fede nem cheira", se dizia na Penha, esse tipo de gente me faz bocejar. Agora eu comecei a me interessar pelo que eu vou chamar de "puros", por falta de uma definição científica. Eles realmente existem. No meu realismo extremado, não consegui enxergar isso. São pessoas que simplesmente não conseguem perceber a malícia do mundo. Eles passeiam pela terra como se fossem Pollyannas. No início pensei que fosse fingimento. Eu conheci dois exemplares dessa espécie rara, e pretendo me debruçar sobre eles nos próximos anos. Talvez comece a escrever livros água com açúcar para comadres e compadres ao invés dessas obras recheadas de lunáticos. Pode ser que consiga vender livros para as universidades e ganhe um caraminguá com isso.
Verdadeiros rastas, grunges, rappers, rockers, punks, e alternativos de toda espécie... É hora vestir a sua roupa de super-herói. Pegar a velha camisa de flanela, o bermudão e a calça larga. É hora de buscar o carrinho no porão e o velho tênis com silvertape. Vamos pôr nossas barrigas e barbas brancas na pista e arrancar essa molecada fascista de seus quartos, mostrar a eles a cultura, e provocar no mundo a mudança que havíamos prometido. Mas que não fizemos porque chegou a hora de pagar as contas.
É Proibido Proibir! Frase pichada nós muros franceses durante a primavera de 68 e musicada por Caetano Veloso. Se a vida é feita de ciclos de ordem e caos. Então nem oito nem oitenta. Nem tanto nem tampouco.
Fui ler do que se tratava o Squid Game. Mas durante a leitura senti um cheiro de algo requentado, refogado. Pode ser que seja ótimo. Pois existe criatividade inclusive no plágio. Aristóteles dizia que toda estória tem a mesma estrutura. Pondé disse que existem dois ou três tipos de seres humanos. E Nelson Rodrigues: "Um escritor tem duas ou três obsessões..."