quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Ausência de Significados

A solidão é chata

Ninguém quer ser sozinho

Mesmo o solitário,

Quando agressivo,

Tende a suportar o peso de ser sozinho

Tendo em vista, como dizem…

É sempre como dizem

Porque senão se termina só

Como eu.

 

A pior solidão que existe

E pior que dizem assim…

É esta

Da ausência de significados

O vazio é sempre de tudo

De sentidos

Para todos

Mesmo para aqueles que tem que ser sozinhos

Como eu.

 

Cabreiro

Às vezes é bom dar um tempo

Ficar de butuca

Na maciota

Só na espreita

No sapatinho

Às vezes é bom ser cabreiro

Ficar meio cabreiro

Como uma jacaré no meio do lago

Ou uma cobra na beira do rio

Pronto para dar o bote

Igual um gato

Num passarinho

Versos

Os outros fazem futrica.

Os outros fazem intriga.

Aglomeração.

Ebulição.

Convulsões sociais.

Abundantemente, sexo.

Eu faço versos.

 

Os outros constroem prédios.

Chegam primeiros.

Cuidam de filhos e canteiros.

Fazem de tudo um pouco.

Ganham muito dinheiro.

Todo resto.

Eu faço versos.

 

Os outros são especiais.

Odeiam pessoas anormais.

Como eu.

Fazem escândalo.

De tudo um pouco.

São simples e honestos.

Eu faço versos.

 

Os outros se formam. 

Os outros se aposentam.

Ou se mantêm na lida.

Viajam.

Não gostam de nada complexo.

Têm sucesso.

Eu apenas,

faço,

versos.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Sergio Leone: Análise Fílmica da Obra

Deixo-vos o link para a minha análise fílmica da obra do cineasta italiano Sergio Leone. Postei apenas no Academia.edu, pois com a questão das imagens se perde muito o trabalho acadêmico.

https://www.academia.edu/45077300/Da_Trilogia_dos_D%C3%B3lares_%C3%A0_P%C3%B3s_Trilogia_dos_D%C3%B3lares_Realiza%C3%A7%C3%A3o_Delano_Valentim


terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Quem Sabe?

Quem não lê sabe muito! 
Mas, muito…
Pouco.

O Inverno no Médio Tejo

Rio de Janeiro eu vivia no estio

À beira do Rio Tejo eu sinto frio

No inverno do centro Médio Tejo estou abaixo de zero

A Recíproca é Verdadeira

Eu conheço brasileiros que não gostam dos índios brasileiros

E conheço portugueses que não gostam dos ciganos portugueses

Eu conheço brasileiros que não gostam dos portugueses

E portugueses que não gostam dos brasileiros

Um amigo conheceu um polonês que não suportava os gregos

Eu conheci um português que não suportava os italianos, espanhóis e alemães

Uma amiga leu sobre uma francesa que não suportava os portugueses

E eu li sobre um holandês que não suportava a povo do sul da Europa

Ou seja, da mesma forma que você odeia você é odiado

Graças a Deus!