Um carro é parado numa barreira policial
Um motorista é alvejado avançando o sinal
Entre garrafas de bebidas e anúncios de cigarros
Amantes suicidas o conto do mais bizarro
Criança prostituída e praia poluída
Hospital público é a negação da vida
A farra do pó, a puta na cama.
A passeata no centro, a verdadeira lenda urbana.
Mas o meu pão quentinho, e o meu café na padaria.
Que desfaz esse mau tempo até o céu desanuvia
Como é lindo o amanhecer do dia no Rio de Janeiro
Como é lindo o amanhecer do dia no Rio de Janeiro
No confim da madrugada uma notícia pro jornal
No toque da alvorada os olhos da colegial
Com guarda municipal e barracas de camelô
Que vendem de CD pirata a jogos de computador
Na vista pro mar no meu pensamento
A fumaça pro ar e o engavetamento
Deixa a rosa no canteiro e o morro com partideiro
E o padre que fala gíria dá à benção ao fogueteiro
Mas um dia vem chegando com ricos na ciclovia
O final do turno o ônibus para o vigia...
Como é lindo o amanhecer do dia no Rio de Janeiro
Como é lindo o amanhecer do dia no Rio de Janeiro
terça-feira, 16 de janeiro de 2018
Não Há Nada Mais Bonito...
Não há nada mais bonito
Que um casal de namorados
Ele vai a casa dela
Ela vai a casa dele
Ele conta um segredo pra ela
E o quê só o casal sabe?
Não há nada mais bonito
Não há nada mais bonito mesmo
Que um casal de namorados
Ele cuida dela
Ela cuida dele
Nós somos seres humanos
E eles são outros seres
Não há nada mais bonito
Não há nada tão bonito assim
Que um casal de namorados
No cinema, o olhar.
Na música, o desejo.
Na dança, o passo.
No quadro, o beijo.
Não há nada mais bonito
Que um bonito casal de namorados
Na colação de grau
Numa enfermaria de hospital
Num dia nublado
E num dia normal
Que um casal de namorados
Ele vai a casa dela
Ela vai a casa dele
Ele conta um segredo pra ela
E o quê só o casal sabe?
Não há nada mais bonito
Não há nada mais bonito mesmo
Que um casal de namorados
Ele cuida dela
Ela cuida dele
Nós somos seres humanos
E eles são outros seres
Não há nada mais bonito
Não há nada tão bonito assim
Que um casal de namorados
No cinema, o olhar.
Na música, o desejo.
Na dança, o passo.
No quadro, o beijo.
Não há nada mais bonito
Que um bonito casal de namorados
Na colação de grau
Numa enfermaria de hospital
Num dia nublado
E num dia normal
Ondas Gigantes...
O dia virou noite naquele final de tarde
Tudo engarrafado em todo canto da cidade
O sol escondido, o tempo nublado
Um vento esquisito, o céu carregado
O pássaro voando, fugindo não sei de quê
Como que prevendo o quê iria acontecer
A chuva caindo cada vez mais forte
Uma frente fria, vinda lá do norte
Da minha jangada eu vejo toda choradeira
A lágrima jorrando feito numa cachoeira
Espere por mim minha mina
Espere por mim meu amor
Eu sigo o canto da sereia
Foi ela quem me salvou
Eu tava com pressa, doido pra chegar em casa
E quando eu to assim sempre tem algo que me atrasa
A saudade do lar, da mulher pra beijar
Da comida quentinha, da cama pra esquentar.
Chuva torrencial, onda gigante temporal
Catarata tromba d água com força marcial
Todo mundo querendo falar no telefone
No Rio de janeiro enchente Tsunami
Da minha jangada eu vejo toda choradeira
A lágrima jorrando feito numa cachoeira
Espere por mim minha mina
Espere por mim meu amor
Eu sigo o canto da sereia
Foi ela quem me salvou
Cenas de terror, cinegrafista amador
Uma casa caiu, um barraco despencou
Desabamento, afogamento, lixo na encosta
Um velho perde tudo, o governo sem resposta
Falta de previsão, debate na televisão
A fúria da natureza, o povo sem prevenção
O celular não dá linha, não consigo falar
Todo mundo ao mesmo tempo querendo ligar
Da minha jangada eu vejo toda choradeira
A lágrima jorrando feito numa cachoeira
Espere por mim minha mina
Espere por mim meu amor
Eu sigo o canto da sereia
Foi ela quem me salvou
A falta de luz, a cidade no breu.
A sua casa encheu? Quanta gente morreu?
Será que é isso mesmo? Será que tem jeito?
Pergunta o cientista, responde o prefeito
E daqui pra frente, toda vez que chover
Nós vamos sair na rua com esse medo de morrer?
Que Deus nos perdoe e não mande mais pra gente
Que ele nos proteja desse tipo de enchente
Da minha jangada eu vejo toda choradeira
A lágrima jorrando feito numa cachoeira
Espere por mim minha mina
Espere por mim meu amor
Eu sigo o canto da sereia
Foi ela quem me salvou
Cenas de terror, cinegrafista amador
Uma casa caiu, um barraco despencou.
Desabamento, afogamento, lixo na encosta
Um velho perde tudo, o governo sem resposta
Falta de previsão, debate na televisão
A fúria da natureza, o povo sem prevenção
O celular não dá linha, não consigo falar
Todo mundo ao mesmo tempo querendo ligar
Da minha jangada eu vejo toda choradeira
A lágrima jorrando feito numa cachoeira
Espere por mim minha mina
Espere por mim meu amor
Eu sigo o canto da sereia
Foi ela quem me salvou
A falta de luz, a cidade no breu.
A sua casa encheu? Quanta gente morreu?
Será que é isso mesmo? Será que tem jeito?
Pergunta o cientista, responde o prefeito
E daqui pra frente, toda vez que chover
Nós vamos sair na rua com esse medo de morrer?
Que Deus nos perdoe e não mande mais pra gente
Que ele nos proteja desse tipo de enchente
Tudo engarrafado em todo canto da cidade
O sol escondido, o tempo nublado
Um vento esquisito, o céu carregado
O pássaro voando, fugindo não sei de quê
Como que prevendo o quê iria acontecer
A chuva caindo cada vez mais forte
Uma frente fria, vinda lá do norte
Da minha jangada eu vejo toda choradeira
A lágrima jorrando feito numa cachoeira
Espere por mim minha mina
Espere por mim meu amor
Eu sigo o canto da sereia
Foi ela quem me salvou
Eu tava com pressa, doido pra chegar em casa
E quando eu to assim sempre tem algo que me atrasa
A saudade do lar, da mulher pra beijar
Da comida quentinha, da cama pra esquentar.
Chuva torrencial, onda gigante temporal
Catarata tromba d água com força marcial
Todo mundo querendo falar no telefone
No Rio de janeiro enchente Tsunami
Da minha jangada eu vejo toda choradeira
A lágrima jorrando feito numa cachoeira
Espere por mim minha mina
Espere por mim meu amor
Eu sigo o canto da sereia
Foi ela quem me salvou
Cenas de terror, cinegrafista amador
Uma casa caiu, um barraco despencou
Desabamento, afogamento, lixo na encosta
Um velho perde tudo, o governo sem resposta
Falta de previsão, debate na televisão
A fúria da natureza, o povo sem prevenção
O celular não dá linha, não consigo falar
Todo mundo ao mesmo tempo querendo ligar
Da minha jangada eu vejo toda choradeira
A lágrima jorrando feito numa cachoeira
Espere por mim minha mina
Espere por mim meu amor
Eu sigo o canto da sereia
Foi ela quem me salvou
A falta de luz, a cidade no breu.
A sua casa encheu? Quanta gente morreu?
Será que é isso mesmo? Será que tem jeito?
Pergunta o cientista, responde o prefeito
E daqui pra frente, toda vez que chover
Nós vamos sair na rua com esse medo de morrer?
Que Deus nos perdoe e não mande mais pra gente
Que ele nos proteja desse tipo de enchente
Da minha jangada eu vejo toda choradeira
A lágrima jorrando feito numa cachoeira
Espere por mim minha mina
Espere por mim meu amor
Eu sigo o canto da sereia
Foi ela quem me salvou
Cenas de terror, cinegrafista amador
Uma casa caiu, um barraco despencou.
Desabamento, afogamento, lixo na encosta
Um velho perde tudo, o governo sem resposta
Falta de previsão, debate na televisão
A fúria da natureza, o povo sem prevenção
O celular não dá linha, não consigo falar
Todo mundo ao mesmo tempo querendo ligar
Da minha jangada eu vejo toda choradeira
A lágrima jorrando feito numa cachoeira
Espere por mim minha mina
Espere por mim meu amor
Eu sigo o canto da sereia
Foi ela quem me salvou
A falta de luz, a cidade no breu.
A sua casa encheu? Quanta gente morreu?
Será que é isso mesmo? Será que tem jeito?
Pergunta o cientista, responde o prefeito
E daqui pra frente, toda vez que chover
Nós vamos sair na rua com esse medo de morrer?
Que Deus nos perdoe e não mande mais pra gente
Que ele nos proteja desse tipo de enchente
domingo, 14 de janeiro de 2018
A Minha Cidade...
A minha cidade é isso,
essa porção de gente.
Esse bando de macumbeiro,
esse monte de crente!
A minha cidade é isso,
é puta, é traficante, é camelô.
Os que vivem do ódio,
e os que morrem por amor.
Se falar da minha cidade…
entra na porrada!
Pois da minha cidade…
ninguém pode falar nada!
A minha cidade é isso,
é bunda, é funk, é pagode.
É de quem só se dá bem,
e de quem só se fode.
A minha cidade é isso,
é essa gente engravatada.
Essa cachaça quente,
essa cerveja gelada.
Se falar mal da minha cidade…
Entra na porrada!
Pois da minha cidade…
Ninguém pode falar nada!
essa porção de gente.
Esse bando de macumbeiro,
esse monte de crente!
A minha cidade é isso,
é puta, é traficante, é camelô.
Os que vivem do ódio,
e os que morrem por amor.
Se falar da minha cidade…
entra na porrada!
Pois da minha cidade…
ninguém pode falar nada!
A minha cidade é isso,
é bunda, é funk, é pagode.
É de quem só se dá bem,
e de quem só se fode.
A minha cidade é isso,
é essa gente engravatada.
Essa cachaça quente,
essa cerveja gelada.
Se falar mal da minha cidade…
Entra na porrada!
Pois da minha cidade…
Ninguém pode falar nada!
Onde É Que Tá O Controle Da Televisão?
Onde é que tá o controle da televisão?
Onde é que tá o controle da televisão?
Em cima do sofá, embaixo do colchão
Na panela de pressão em cima do fogão
Onde é que tá o controle da televisão?
Onde é que tá o controle da televisão?
Dentro do armário, longe da visão
Numa ilha deserta, ilha de edição
Mas é que a televisão não tem controle não...
É que a televisão não tem controle não...
Mas é que a televisão não tem controle não...
É que a televisão não tem controle não...
Onde é que tá o controle da televisão?
Onde é que tá o controle da televisão?
Dentro da mente, ou do bolso do bermudão
Longe da própria TV, na casinha do cão
Onde é que tá o controle da televisão?
Onde é que tá o controle da televisão?
Dentro do livro, do aparelho de som
Longe do computador, perto do violão
Mas é que a televisão não tem controle não...
É que a televisão não tem controle não...
Mas é que a televisão não tem controle não...
É que a televisão não tem controle não...
A Barata Está Morta...
Quando eu vejo uma barata
Eu me lembro de você
Que tem medo de barata
É tanto tempo sem se ver
E quando eu vejo aquele ator
De novela que eu odeio
Que você acha lindo
Eu continuo achando feio
É melhor você voltar
Que ninguém tá dando jeito
Sou eu que aturo o seu jeito
E você os meus defeitos
E quando eu vejo uma mulher
Sem nenhuma compostura
Sempre me lembro de você
Da tua falta de mesura
Com perguntas idiotas
Burra igual uma porta
Então já pode voltar
Que a barata está morta
É melhor você voltar
Que ninguém tá me dando jeito
Sou eu que aturo esse teu jeito
E você os meus defeitos
Eu me lembro de você
Que tem medo de barata
É tanto tempo sem se ver
E quando eu vejo aquele ator
De novela que eu odeio
Que você acha lindo
Eu continuo achando feio
É melhor você voltar
Que ninguém tá dando jeito
Sou eu que aturo o seu jeito
E você os meus defeitos
E quando eu vejo uma mulher
Sem nenhuma compostura
Sempre me lembro de você
Da tua falta de mesura
Com perguntas idiotas
Burra igual uma porta
Então já pode voltar
Que a barata está morta
É melhor você voltar
Que ninguém tá me dando jeito
Sou eu que aturo esse teu jeito
E você os meus defeitos
A Cidade Da Minha Namorada...
A minha namorada mora no final daquela estrada
No final daquela estrada mora minha namorada
Ao longo da estrada eu só vejo mato
Eu vou por minha namorada, é tanta coisa que eu faço...
E na sua pequena cidade talvez, assim, média...
Dessa gente acanhada e um tanto séria
Ela me leva num shopping com cinema
Eu que não gosto de shopping, mas gosto de cinema
A minha namorada fala com a sua família no telefone
A família da minha namorada está longe no telefone
Ela vai trabalhar e me deixa dormindo
E eu sonho que a minha namorada já está vindo...
Eu vejo as pessoas da cidade da minha namorada
São tão calmas a cidade e as pessoas da minha namorada
Quando a campainha toca, eu abro a porta
Quando o meu coração toca, eu abro a porta
Eu amo tanto a minha namorada
E sem a minha namorada eu não sou nada
Eu amo tanto a minha namorada
E sem a minha namorada eu não sou nada
No final daquela estrada mora minha namorada
Ao longo da estrada eu só vejo mato
Eu vou por minha namorada, é tanta coisa que eu faço...
E na sua pequena cidade talvez, assim, média...
Dessa gente acanhada e um tanto séria
Ela me leva num shopping com cinema
Eu que não gosto de shopping, mas gosto de cinema
A minha namorada fala com a sua família no telefone
A família da minha namorada está longe no telefone
Ela vai trabalhar e me deixa dormindo
E eu sonho que a minha namorada já está vindo...
Eu vejo as pessoas da cidade da minha namorada
São tão calmas a cidade e as pessoas da minha namorada
Quando a campainha toca, eu abro a porta
Quando o meu coração toca, eu abro a porta
Eu amo tanto a minha namorada
E sem a minha namorada eu não sou nada
Eu amo tanto a minha namorada
E sem a minha namorada eu não sou nada
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