O dia virou noite naquele final de tarde
Tudo engarrafado em todo canto da cidade
O sol escondido, o tempo nublado
Um vento esquisito, o céu carregado
O pássaro voando, fugindo não sei de quê
Como que prevendo o quê iria acontecer
A chuva caindo cada vez mais forte
Uma frente fria, vinda lá do norte
Da minha jangada eu vejo toda choradeira
A lágrima jorrando feito numa cachoeira
Espere por mim minha mina
Espere por mim meu amor
Eu sigo o canto da sereia
Foi ela quem me salvou
Eu tava com pressa, doido pra chegar em casa
E quando eu to assim sempre tem algo que me atrasa
A saudade do lar, da mulher pra beijar
Da comida quentinha, da cama pra esquentar.
Chuva torrencial, onda gigante temporal
Catarata tromba d água com força marcial
Todo mundo querendo falar no telefone
No Rio de janeiro enchente Tsunami
Da minha jangada eu vejo toda choradeira
A lágrima jorrando feito numa cachoeira
Espere por mim minha mina
Espere por mim meu amor
Eu sigo o canto da sereia
Foi ela quem me salvou
Cenas de terror, cinegrafista amador
Uma casa caiu, um barraco despencou
Desabamento, afogamento, lixo na encosta
Um velho perde tudo, o governo sem resposta
Falta de previsão, debate na televisão
A fúria da natureza, o povo sem prevenção
O celular não dá linha, não consigo falar
Todo mundo ao mesmo tempo querendo ligar
Da minha jangada eu vejo toda choradeira
A lágrima jorrando feito numa cachoeira
Espere por mim minha mina
Espere por mim meu amor
Eu sigo o canto da sereia
Foi ela quem me salvou
A falta de luz, a cidade no breu.
A sua casa encheu? Quanta gente morreu?
Será que é isso mesmo? Será que tem jeito?
Pergunta o cientista, responde o prefeito
E daqui pra frente, toda vez que chover
Nós vamos sair na rua com esse medo de morrer?
Que Deus nos perdoe e não mande mais pra gente
Que ele nos proteja desse tipo de enchente
Da minha jangada eu vejo toda choradeira
A lágrima jorrando feito numa cachoeira
Espere por mim minha mina
Espere por mim meu amor
Eu sigo o canto da sereia
Foi ela quem me salvou
Cenas de terror, cinegrafista amador
Uma casa caiu, um barraco despencou.
Desabamento, afogamento, lixo na encosta
Um velho perde tudo, o governo sem resposta
Falta de previsão, debate na televisão
A fúria da natureza, o povo sem prevenção
O celular não dá linha, não consigo falar
Todo mundo ao mesmo tempo querendo ligar
Da minha jangada eu vejo toda choradeira
A lágrima jorrando feito numa cachoeira
Espere por mim minha mina
Espere por mim meu amor
Eu sigo o canto da sereia
Foi ela quem me salvou
A falta de luz, a cidade no breu.
A sua casa encheu? Quanta gente morreu?
Será que é isso mesmo? Será que tem jeito?
Pergunta o cientista, responde o prefeito
E daqui pra frente, toda vez que chover
Nós vamos sair na rua com esse medo de morrer?
Que Deus nos perdoe e não mande mais pra gente
Que ele nos proteja desse tipo de enchente
Nenhum comentário:
Postar um comentário