Um carro é parado numa barreira policial
Um motorista é alvejado avançando o sinal
Entre garrafas de bebidas e anúncios de cigarros
Amantes suicidas o conto do mais bizarro
Criança prostituída e praia poluída
Hospital público é a negação da vida
A farra do pó, a puta na cama.
A passeata no centro, a verdadeira lenda urbana.
Mas o meu pão quentinho, e o meu café na padaria.
Que desfaz esse mau tempo até o céu desanuvia
Como é lindo o amanhecer do dia no Rio de Janeiro
Como é lindo o amanhecer do dia no Rio de Janeiro
No confim da madrugada uma notícia pro jornal
No toque da alvorada os olhos da colegial
Com guarda municipal e barracas de camelô
Que vendem de CD pirata a jogos de computador
Na vista pro mar no meu pensamento
A fumaça pro ar e o engavetamento
Deixa a rosa no canteiro e o morro com partideiro
E o padre que fala gíria dá à benção ao fogueteiro
Mas um dia vem chegando com ricos na ciclovia
O final do turno o ônibus para o vigia...
Como é lindo o amanhecer do dia no Rio de Janeiro
Como é lindo o amanhecer do dia no Rio de Janeiro
Delano Valentim é doutorando em Criação Artística pela universidade de Aveiro. Mestre em Estudos Artísticos pela Universidade de Coimbra. Ganhou o prêmio de cinema Gentes e Lugares com o filme Abrantes. O prêmio de literatura As Três Marias da cidade de Odemira com o seu conto Maria. Ganhou o prêmio Novos Autores Fluminenses com o romance Todo Mundo é Jhow! É realizador do filme Hoje é dia de Baile. E foi condecorado com o prêmio Halley por serviços prestados à cultura negra.
terça-feira, 16 de janeiro de 2018
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