Apenas um por cento dos artistas do aplicativo de música que mantém o monopólio da música no mundo obtêm noventa e nove por cento dos lucros. O mesmo acontece com a plataforma de vídeo que abriga praticamente tudo o que é produzido para este meio. Mas os produtores culturais que geram riquezas ainda são burlados em seus ganhos. Da mesma forma as redes sociais se nós acreditarmos que hoje elas são a extensão da divulgação de bens culturais. Quatro ou cinco serviços de streaming corroboram com isto. A cultura ficou à mercê de um punhado de empresas. O domínio da indústria cultural nunca foi tão eficaz. Ou você dança conforme a música do capital, ou você não dança. Se você for pequeno e estiver com sonhos de divulgar a sua arte, simplesmente será irrelevante com os seus poucos cliques, pois os algoritmos são o meio de exclusão mais eficaz criado até hoje. Eles sabem muito bem quem paga e o quanto paga. E não toleram autenticidade, pois o mais do mesmo, de fácil assimilação; é vendido rápido e servido requentado como o prato do dia. Não há como burlar o seu sistema. Tem muita gente pagando muito e recebendo pouco. Pois você pode comprar cliques, mas não a admiração das pessoas. Se você se revolta contra o sistema dos algoritmos não consegue nem fazer cócegas em seus calcanhares; é tão ignorado quanto os que estão dentro. A indústria cultural finalmente conseguiu esmagar os seus inimigos que são aqueles a favor de uma cultura autêntica. Mesmo não sendo igual você não vai poder ser diferente.
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