Sônia tem 16 anos. Seu tio tem João quarenta. Ela idolatra ao tio desde à infância. Diferente do seu pai, um barrigudo inútil. João é uma espécie de ator de série dos seus sonhos. A sua amiga Renata diz: "Você sente atração por homens velhos porque o seu pai te abandonou você quando criança." Sônia pensa que tudo isso é lixo da amiga chata que anda lendo demais. "Sônia... ele é irmão da sua mãe!", "Mas e se ele quiser algo comigo?" Sônia pergunta Renata responde: "Os homens estão programados para isso. E sempre querem uma menina nova e bonita igual você." João é normal. Não é um tipo de academia nem nada. Mas é bem apessoado e com bagagem intelectual. Sônia diz à Renata: "Eu só quero uma rapidinha com ele. Depois esqueço isso." Renata diz: "Ele vai à igreja...", "Mas não é fanático!" Sônia lembra de tudo isso sentada no vagão em frente ao João. Ela muda a voz para falar com o tio. Faz caras e bocas e abre mais as pernas para que a sua saia suba. Sônia adora quando o tio está elegantemente vestido de terno. Ela pensa que ele a olha, mas disfarça, e que por seu olhar se sente constrangido. Eles deixam o vagão e entram no carro. Sônia poê a mão no pescoço do tio e procura por sua boca. Ele diz a ela: "Nem pense nisso!" Ela estaca. O olhar dele é sério e impassível. Ela diz: "Desculpa, por favor... não conta..." O tio responde firme: "Esquece que isso aconteceu." Ele liga o carro.
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