sábado, 19 de março de 2022

Nietzsche

Nietzsche foi um autor de escrita instigante e inteligentemente debochado com uma vida picaresca transformada em epopeia no momento de seu enlouquecimento em que começa a conversar com os cavalos no meio da rua e a assinar as suas cartas endereçadas aos amigos como Dionísio. Sofreu muito por causa de sua saúde, mas utilizou este sofrimento para desenvolver parte de sua filosofia. Entre os seus conceitos está a utilização do amor ao destino, seja ele qual for. E a lei do eterno retorno, aceitar é melhor do que passar a vida toda lutando contra algo que terá de ser enfrentado constantemente. É notório e pouco entendido o seu questionamento da religião. Está na prateleira dos pessimistas, mas essa nomenclatura pega mal, pois eles não dizem mentiras e sim verdades que machucam. Por isso eu prefiro chamá-los de realistas. Quem deu a Nietzsche o rótulo de difícil e mau-humorado foram os patetas de pernas cruzadas e discursos sonolentos a criarem dificuldades para venderem facilidades e valorizarem o produto nos meios intelectuais. Não é inacessível a leitores medianos com exceção de um ou outro texto. Se o leitor comum soubesse disso lucrarira com a filosofia nietzscheana. Mas como sempre os sabichões se apoderam dos defuntos talentosos e ganham dinheiro com eles como aconteceu a Kafka, Van-Gogh, e tantos outros. Com os vivos eles fazem o mesmo que fizeram a Sócrates por inveja da sapiência alheia enquanto vivem de citarem os mortos nos quais jogariam pedras se voltassem à vida.

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