Eu me chamo Teddy Postiglione. O meu sobrenome é italiano assim como a minha jaqueta de couro e o meu bigode. Lá vou eu para mais uma cena de crime. Depois de meia noite não acontece nada de bom nesta cidade. Mais um chamado outra ocorrência. Uma típica briga de bar. Tudo estava bem, todo mundo se divertindo, até que as coisas deram errado. Começa com cadeiras e garrafas voando e termina assim, um John Doe ensanguentado no concreto. Todas as portas são batidas na minha cara. Eu sou o portador das más notícias. "Não falo com a polícia.", é só o que eles sabem repetir. Eles confundem a mensagem com o mensageiro. Provavelmente quem ligou para a delegacia está escondido atrás de uma dessas cortinas com medo de passar por dedo-duro. Os povo não entende que eu apenas faço o trabalho sujo para que o presidente da república e outros tipos possam dormir em paz com as suas modelos. Na vizinhança logo que a viatura vira a esquina todo mundo fica cego, surdo, e mudo. A maior parte dos meus amigos mete uma bala na própria fuça, é encostado com estresse pós-traumático, ou alvejado num beco por um garoto de 15 anos. Mas eu não vou desistir agora que cheguei tão longe. A minha aposentadoria está próxima e tenho contado os segundos. Eu irei abraçar a minha mulher e cair fora daqui. Vamos morar em frente à praia, pescar, comer peixe-frito, e beber cerveja todos os dias. Os meus filhos e netos se quiserem que fiquem neste hospício. Enquanto a reforma não chega eu vejo a perita comendo uma coxinha e olhando para o corpo no chão. "O que aconteceu?" Ela se vira de boca cheia e diz: "O trivial. O rapaz mexeu com a mulher do outro, e deu nisso..." Eu concluo: "A noite será longa..."
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