terça-feira, 29 de março de 2022

A Bofetada de Will Smith

É como eu digo para este meu amigo John. Dois dias para os algoritmos são uma eternidade. Mas a bofetada de Will Smith anteontem ainda ecoa em minha cabeça. Nelson Rodrigues dizia que o mais humilhante da bofetada é o som que ela produz. E os moleques da minha rua diziam que na cara de um homem não se bate. Ninguém aqui está contestando a validade da tapa na cara, pois ela foi justa e hoje Todo Mundo Odeia o Chris. Os pobres sempre disseram como forma de consolo que dinheiro não trazia felicidade. E nós vimos um homem rico e famoso com a sua amada doente, perdendo o controle, agredindo outro, chorando, e pedindo desculpas após receber um dos maiores prêmios do planeta. O que me leva a pensar: "Imagina nós, os reles mortais, o que nós não sentimos? Vontade de esganar um... e bater com a cabeça na parede." Essa é a prova que querer ser correto e são o tempo inteiro é um luxo que apenas o Dalai Lama em sua vida tranquila de meditação pode alcançar. Mas, não nos entreguemos! Embora a sanidade seja uma piada. Da minha parte eu queria me juntar a máfia de Scorsese junto de Joe Pesci e de Robert de Niro e bicar e pisar como eles fazem em o Cassino e os Bons Companheiros,  em um ex-presidente barbudo, traidor, ladrão e mentiroso, e num atual branco de olhos claros de um país pequenino de terceiro mundo. Mas eu e o meu amigo John somos da paz. "Vamos Senhor Dêdê! Hora do remedinho!", "eu estou conversando com o meu amigo John...", "infelizmente os Beatles acabaram, John Lennon morreu, e o sonho acabou."

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