você acorda no meio do filme, e percebe que o mocinho irá morrer no final, não importando o quê ele faça. depois que nós deixamos o cinema vamos comer alguma coisa. e pouco importa que o personagem seja músico, extraterrestre ou engenheiro. você chega a conclusão de que se ele pudesse viver cem anos, ao invés dessas duas horas, perceberia que o tempo é imbatível por ser tão veloz, um século não é nada para a historia, e daqui a cinco anos, outros personagens irão surgir, e aquele personagem, daquele filme, vai ser apenas a lembrança de uma noite agradável num cinema. talvez a gente nem saiba dizer do quê tratava o enredo do filme. em todo canto tem alguém com alguma fórmula, ou caminho mais seguro para uma vida mais segura, e se você quiser acompanhar o rebanho, terá que comprar, na próxima semana, o que há de mais moderno no mercado, mas o novo em um ano se torna obsoleto. o novo hoje, é descartável como a vida. você sabe que o mundo já acabou outras vezes. só que dessa vez o nosso poder de destruição é maior. alguma teoria. os filmes de ficção científica são proféticos? ou fazem parte da memória do futuro? o tempo não é linear, e tudo acontece ao mesmo tempo em todos os lugares? será que é uma memória da espécie? não importa se amanhã você vai descobrir que fulano é isso, e ciclano é aquilo, não faz diferença! pois se você souber observar, verá quê todos nós temos as nossa vacilações, a diferença é que uns percebem isso, e outros não, e mesmo entre os que percebem, existem aqueles que não dão a mínima importância. então morrer, ou se matar por causa do que quer que seja, não, faz diferença! assim como se fazer o quê não quer pode ser entediante, se fazer o quê se quer, também. mas a diferença, é que não faz diferença!
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