A propaganda eleitoral apesar de previsível, ainda é a melhor opção da tevê brasileira no gênero comédia. O figurino está impecável. Ainda mais quando surgem os candidatos de partidos radicais que prometem estatizar o país, com seus uniformes de velhos comunistas, com camisas do Che Guevara que fazem sucesso no meio universitário revolucionário que não sabe que essa moda já passou. O figurino do ator principal que faz o papel do prefeito, é no velho estilo almofadinha. A trilha sonora deixa a desejar com sambas batidos por grupos de pagodes que ganham uma bufunfa, e não tem a mínima noção do que estão apoiando, ou que fingem não ter. E os funks exibindo os candidatos, senhores da área nobre da cidade já em idade avançada, tentando se aproximar dos jovens e do povão, também não convence. A fotografia promete, mas não traz nenhuma novidade. Focalizando sempre os canteiros de obras. O roteiro peca nos diálogos dos candidatos que tem menos tempo, e quase não conseguem dizer seus nomes que vem acompanhados de do gás, do churrasquinho, do posto, e por aí vai. Eles se equivocam pensando que são tão conhecidos a ponto de conseguir um trampo melhor. A velha piada da celebridade, do atleta, do comediante, e do pipoqueiro, não funciona mais. É o mesmo que torta na cara e jogar água nos outros. Nem as alianças de partidos que antigamente eram inimigos. O ponto alto do filme é o ator principal com a sua interpretação brilhante. Ele consegue convencer no papel de salvador da pátria. E deixa o público com a sensação de que está em Genebra. O diretor que também é publicitário garante a sua marca. A montagem e edição tem os cortes exatos, que levam o público a acreditar naquilo que o diretor quer passar. O telespectador tem a sensação que viajou realmente naquele mundo de fantasia. O que é bem melhor que ficar assistindo os mesmos pastores engraçados pedindo dinheiro. Os mesmos programas de comédia em que se leva meia hora para se dar uma risada. E os tais dos Stand Up Comedy que em sua maioria não passam de um bando de mauricinhos preconceituosos, e metidos a intelectuais, que só fazem piadas diminuindo as outras pessoas, e se acham a última bolacha do pacote com a sua sabedoria de querer ajudar esse país de ignorantes. Quando eles provavelmente foram beneficiados por nossa ignorância. Em meio a tudo isso, A Propaganda Eleitoral Gratuita ainda é promessa de boas gargalhadas. Divirta-se!
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