Eu espero a minha mina na estação. E vejo um grupo de adolescentes. Eles parecem ser de uma igreja dessas. E se revezam na hora de abordar os passageiros. Eu acompanho a cara e o sofrimento de cada um dos “escolhidos”. Sofro junto com eles, que estão vestidos de adultos “almofadinhas”. Três meninos e três meninas, que provavelmente devem ter algo melhor para fazer, do que ficar importunando as pessoas, com aquele papo de que deus vai resolver os problemas que a gente criou. Eu começo a acompanhar os seus gestos e movimentos, e penso que há algo errado no paraíso, como dizem os Paralamas do Sucesso. E pergunto a minha mina, por que eles não estão em outro lugar namorando, ou fazendo coisas que “adolescentes normais” fazem? Ela me responde: obviamente os pais deles não deixam. E provavelmente eles vão se casar muito cedo por causa disso. Eles têm duas opções, ou ficam com os “irmãos” da igreja, ou ficam com os “irmãos” da igreja. Eu pergunto a ela: por quê? Ela me diz: sei lá, cara! Aí é querer saber demais...
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