Eu já escrevi textos falando que os animais de estimação não podem ser considerados como filhos, e fui massacrado nas redes sociais. Não tenho um animal em casa, pois sei que vou querer viajar e não vou poder. Mas percebo que o mesmo tipo de gente que reclama tal maternidade e paternidade abandona os seus supostos filhos chorando e latindo nos finais de semana. Então reforço o que disse. Não, eles não são os seus filhos. Se abandonar uma criança como abandona um animal em casa você vai preso.
domingo, 10 de março de 2024
sábado, 9 de março de 2024
O Peso dos Pecados
Os pecados pesam uma tonelada em minhas costas e eu preciso carregá-los por aí. Pois sempre que são acionados pela memória eles me fazem sofrer. Não ficam mais leves. O tempo não cura nada. Com o tempo, o que acontece com eles, é que são esquecidos mais rápido. Antes de voltarem novamente. É incrível chegar aos 128 anos.
Os Meus Clichês
Sequência de dias quase felizes.
Isso não é normal.
Uma hora ela volta.
E não é que ela voltou com força total?
Mas dessa vez teve um motivo.
Ela sempre carrega uns motivos.
Antes de me jogar na cama.
É bom ter o sol no rosto.
O sol entra pela janela.
Ela entra pela janela.
Eu não consigo trabalhar.
Eu não consigo estudar.
Mas confesso que não estou tentando.
Pois eu não consigo.
Sinto vontade de ver pessoas.
Não sinto coragem de falar com ninguém.
E lá se vai mais um objetivo abandonado.
Eu acordo dormindo e durmo acordado.
Ela deita ao meu lado e rouba meus sonhos.
Os meus clichês.
segunda-feira, 4 de março de 2024
Acabou a Música...
Não há mais letras para decorar...
ou canções para serem gravadas.
Simplesmente acabou a música.
Assim como acabou o teatro,
a literatura,
e o cinema.
É uma pena.
A Música na Nuvem...
Entendo que agora vivemos em outra época. Mas eu que experimentei o mundo no passado, estou de saco cheio de ouvir música digitalizada. Vou comprar uma vitrola e discos de vinil só para sentir aquela emoção de colecionador. Ouvirei os conceitos do conjunto da obra. A música na nuvem parece dispersa.
domingo, 3 de março de 2024
Plantão de Polícia
Ontem um homem de vinte anos em atitude suspeita foi abordado por dois policiais. O cidadão se encontrava agachado, e quando perguntado o quê fazia naquela posição, ele disse estar à procura de uma moeda. Ao sentir um forte odor, os policiais pediram para o revistar, e descobriram um estupefaciente em sua posse. Indagado sobre a origem da substância, o homem respondeu que a havia ganhado de um desconhecido na praça. Os policiais argumentaram que a posse de determinadas substâncias é ilegal, e que ele teria de ser autuado em flagrante e levado à delegacia. No que o homem argumentou que estava sendo preso por causa de uma planta. Independente de suas indagações, ele foi recolhido e o material apreendido. Como penalidade o homem terá de pagar dez cestas básicas e frequentar um programa de esclarecimentos sobre o uso de substâncias ilícitas para que possa ser reinserido à sociedade.
Compulsão Sexual
A compulsão sexual acaba com a dignidade. Ela toma conta do cotidiano de sua vítima. Ninguém sabe o que leva a esse tipo de comportamento. Mas, provavelmente, como a maior parte dos vícios, ele está relacionado a alguma carência que faz com que a pessoa queira ocupar esse vazio. É o vício menos levado a sério por estar associado a um prazer supostamente "natural". Em discursos machistas, o homem que mantém essas práticas é visto como "normal". Já as mulheres podem ser muito "malvistas". Preconceitos que tumultuam a busca por uma vida de melhor qualidade. A Internet parece ter potencializado o número de sexólicos, pois a busca por pornografia foi facilitada com o advento da rede. Com certeza é um dos vícios mais nocivos, já que a substância em que se está viciado se encontra no próprio corpo. Sendo a satisfação de muito fácil acesso. Esse deleite não se esgota, e o doente viciado caminha em círculos descendo cada vez mais fundo pulando de uma prática à outra sempre com a desculpa de que a atual está satisfeita. O compulsivo sexual gasta dinheiro em demasia, prejudica a qualidade de seus relacionamentos, de seu sono, arrisca a sua saúde e a dos outros, passa a ter dificuldades no trabalho e nos estudos, desenvolve vícios em outras substâncias, e pode chegar ao ponto de como em qualquer droga, emagrecer e negligenciar os seus cuidados. Quando procura ajuda não é raro ouvir que "não passa de sem vergonhice", ou "quem não queria ter um vício desses?" Com a facilidade do acesso ao sexo, e o preconceito, essa doença tem avançado a cada dia, contaminando cada vez mais jovens. A sociedade evita o assunto, e poucos profissionais das áreas de saúde mental estão prontos para lidar com o problema. Os viciados se escondem nas sombras e temem ser rechaçados. Por isso, se encontram sozinhos. É difícil saber qual é o limite entre o sexo saudável e o obsessivo, mas provavelmente é o quanto prejudica a vida de uma pessoa.