quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Sergio Leone

Sou apaixonado por Sergio Leone. Embora os meus filmes preferidos não sejam os de sua primeira fase. Curioso é que tenho adoração também pelos filmes de Clint Eastwood. Com todo o respeito a ele como ator, mas eu gosto dos últimos filmes. Vou escrever os seus nomes da tradução brasileira. Era uma vez na América, Era uma vez no Oeste, e Aguenta-te canalha. Estou no mestrado tendo de admitir que o meu melhor trabalho, o que mais tenho carinho, é o que na licenciatura fiz sobre esses últimos filmes de Sergio Leone. O texto se chama A pós-trilogia dos dólares e está no academia.edu. Ninguém vai ler. Uma pena. 

Sobre quando assisti ao filme Henry & June

Não é segredo para ninguém o quanto gosto de Henry Miller. Aconteceu uma coincidência engraçada. Era louco para assistir ao filme Henry e June baseado na obra de Anaïs Nin que obviamente recomendo. Não tinha na época como conseguir o tal do filme. Um dia acordei de madrugada e fiz algo que eu não fazia desde que era criança, ligar a televisão de madrugada. Depois de apertar o botão entra uma tela com os nomes Henry e June. Nunca mais esquecerei de quando assisti esse filme.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

O melhor da Internet são os comentários

O melhor da Internet são os comentários. Ignorem as leis, a opinião pública, os formadores de opinião… A vida real está nos comentários. Os comentários são as conversas de alcova, o palavreado das casernas, das tabernas, das zonas, das tascas imundas, dos pés sujos, das bocas de fumo, e dos risca facas. O politicamente correto e os seus modismos são motivos de piada nos comentários. Eu vejo o título de um vídeo e nem assisto. Pulo direto para os comentários. Ali é onde a vida pulsa. Onde está o povo. A massa. As conversas de rua e das celas das cadeias. Lugar onde filho chora e a mãe não vê. Onde você conhece a podridão humana. Esqueçam os púlpitos, os altares, os plenários... nem quero ouvir esses chatos com suas notas de repúdio, seus abaixo-assinados, suas manifestações... Eu gosto da idiotice humana, de sua cupidez, e do seu ultrarrealismo. Eu quero a verdade. Eu quero a realidade. Por mais feia que ela possa parecer.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

Manu Chao: uma inspiração

Sempre lembro da música Clandestino de Manu Chao. Pois desde que comecei a mudar de cidade me sinto assim. Já sentia ser um estrangeiro em minha própria terra. Pois lá, como em todo lugar sofria descriminação. Por causa da origem, da raça, e das escolhas. Vim morar em outro continente. Compus um poema pensando nisso. Amo tanto a canção Me Llaman Calle, o clipe, o filme, a sua história, que fiz uma versão dela. Mas ninguém nunca vai ouvir. É uma pena. Manu Chao morou no Rio de Janeiro. No clipe de Desaparecido ele anda por suas ruas. A música inicia com a narração de um jogo do meu time, o Flamengo. E aquela em homenagem ao Maradona? Ele cantando à sua frente. Não canso de assistir...

Logos in loco

In loco. 
Em bloco.
Sigo logo.
Tenho logos.
A Deus,
ateus,
adeus,
eu jogo.
Não cobro.
Não troco.
Não logo.
Dialogo.
Aos seus,
aos teus,
aos meus,
eu rogo.

domingo, 18 de fevereiro de 2024

Ouvindo Billy Paul cantando Purple Rain...

Hoje a tristeza veio com tudo. Nesta manhã de domingo ensolarada. Eu lembrei do meu livro Cidade Nova e de seu protagonista e fiquei triste. Ele morre na estante. Os meus tios todos mortos. Eles, os meus pais, e os meus avós estão no livro. Eu carregando a mesma árvore genealógica deles. Com os mesmos fracassos. Os mesmos vícios. Ouvindo Billy Paul cantando Purple Rain. Eu queria chorar mas não tenho lágrimas. Tem tanta gente com quem eu quero falar, e tanta gente que eu sei que ficaria feliz se eu entrasse contato. Mas simplesmente não tenho essa disposição. Devia ter ido caminhar. Vou ver o que eu faço. Ouvindo Billy Paul cantando Purple Rain...

sábado, 17 de fevereiro de 2024

Raul Seixas e Edith Wisner

Edith Wisner foi o grande amor da vida de Raul Seixas. Ou, melhor, Edith foi o grande amor da vida de Raulzito. Antes da invenção Raul Seixas. Tudo o que aconteceu depois na vida de Raul, teve início com a quebra dessa paixão. Toda a depressão e as drogas onde ele tentou aliviar a sua dor. Raul não amou nenhuma mulher com a mesma intensidade com a qual amou Edith. Assim como Salinger com Oona O'Neill, ou Henry Miller com June. Todas as vezes que fingiu amar profundamente alguém foi apenas para chamar à sua atenção. Edith amou Raul com a mesma efervescência. Basta ver o seu depoimento magoado para o documentário sobre ele. Se Edith não sentisse mais nada por Raul, ela teria simplesmente ignorado. Mas, depois de tanto tempo se manifestou de forma agressiva. Ficou frustrada tanto quanto ele pelo fim do romance. Não é possível tanto sofrimento. Eles deveriam ter se acertado. Talvez hoje não existisse Raul Seixas. Quem sabe se o casal não estaria vivendo uma vida comum nos Estados Unidos. Com o Raul tendo um cotidiano normal com as suas alegrias e tristezas. Mas ao lado do seu amor. Creio que eles ainda vão se reconciliar um dia. O mundo não pode ser tão injusto. Talvez eles já estejam vivendo juntos em outra dimensão.