Eu sempre socializei com muita gente desde antes das redes sociais. Só que não soube me adaptar a elas. Ainda hoje não sei fazer uso dessas ferramentas. Já saí e entrei diversas vezes até que fui convencido que são necessárias. Elas não me ajudaram em nada na divulgação do meu trabalho. Muito menos na prometida "socialização". Pelo contrário, fizeram com que eu me distanciasse ainda mais das pessoas. Eu me sinto uma fraude nas redes sociais. Sinto como se tivesse a Síndrome do Impostor. Pois nunca estou em sintonia com o que está acontecendo. Pode ser que numa noite de sábado, em que as outras pessoas estão postando fotos de festas, eu esteja pensando em outra coisa. Também não consigo investir meu tempo em sua "socialização", que significa clicar e enviar mensagens para outras pessoas. Não tenho tempo para isso. Nem me sinto estimulado. Desisti de postar o que sinto ou o que penso. Quando faço isso me sinto demasiadamente exposto. Embora foda-se, acontece. Na maior parte das vezes o que eu posto não desperta interesse ou os algoritmos boicotam. Hoje as tenho apenas como forma de contato, principalmente com familiares e amigos reais. Vai ver que eu é que sou estranho.
segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024
sábado, 10 de fevereiro de 2024
A Polarização Bipolar
sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024
Assassinato de jovem por policial na Maré
Essa imagem do jovem sendo morto pelo policial me provoca náuseas. Os gritos daquela mulher me provocam lembranças de tristezas absolutas. Eu lembro de algumas vezes em que homens foram assassinados. Não consigo ouvir os prantos dessas mães, irmãs, e esposas. É insuportável demais. O Brasil é um país onde a vida de um ser humano não vale absolutamente nada. É uma nação que como tantas outras não pode ser considerada civilizada. Pois não consegue acompanhar a evolução das leis. E que se dane o vitimismo querendo colocar a culpa de suas mazelas internas em outras nações. O Brasil deixou de ser colônia há mais de um século. É um país rico em recursos naturais. Deveria ser expulso de órgãos internacionais enquanto não conseguisse diminuir os seus números de guerra. Ao invés de ficar procurando culpados. Agora é o Carnaval, e nos camarotes estarão juntos; polícia, bandido, assassinos, corruptos, artistas, e todo tipo de gente influente. Semana que vem continuam as festas e o genocídio.
quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024
Cannabis também faz mal
quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024
Preconceito contra depressão e bipolaridade
Duas pessoas das minhas relações tiveram um desentendimento e uma delas justificou o fato acusando a outra de ser bipolar. Sendo que a pessoa em questão não tem nenhum diagnóstico de bipolaridade. No Brasil, o termo "bipolar" virou sinônimo de pessoa agressiva. Principalmente ao fazer referência a mulheres ciumentas do tipo que arrebentam os vidros dos carros de seus parceiros. Preconceito dobrado. Algumas vezes dito em tom de ironia, e outras a sério. Muitos advogados na tentativa de amenizarem as penas de seus clientes alegam doença mental independente se esses as têm ou não. Argumentam que o réu estava deprimido. Se uma pessoa com diagnóstico de depressão ou bipolaridade comete um crime violento, os jornalistas fazem questão de frisar esse aspecto. Como se a doença fosse a causa do ato. Muitas vezes fazendo referência ao abandono do tratamento. O que também não justifica determinadas atitudes. Doenças como a depressão, onde não existem sintomas psicóticos, não tornam ninguém violento. Isso é uma questão de caráter. Essa propaganda negativa só aumenta o preconceito; e faz com que nós, os doentes, que já sofremos com os estigmas de sermos portadores dessas doenças, soframos ainda mais. E também desestimulam outras pessoas que precisam a buscarem ajuda. Da mesma forma que criam a imagem do doente como perigoso. Mesmo quando o maior perigo que ele representa é para si mesmo.
terça-feira, 6 de fevereiro de 2024
A loucura da loucura
Ao ser atendido por um psicólogo eu me senti exausto tendo que reviver tanta coisa. Por alguns momentos pensei se eu não estava mentindo. Tenho consciência de quem sou. Isso dá a sensação de estar me vendo de fora como se fosse outra pessoa. Senti medo. Raul Seixas fala sobre o medo da loucura em algumas canções. Entendo o que diz. O mesmo acontece quando ouço Renato Russo cantar que esteve cansado por causa do seu orgulho, egoísmo e vaidade. Fazer uma análise de si mesmo é como pensar sobre a loucura que é a loucura.