Na academia você percebe que não malha nada. Até que de tão fraco descobre que os mais fortes são os que frequentam os concursos de halterofelista.
sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024
segunda-feira, 29 de janeiro de 2024
O Estudante
O estudante lê o mesmo parágrafo novamente. Ele está na solidão no silêncio do quarto. Procura o significado de dois conceitos e três palavras. Uma pássaro canta lá fora. Ele se distraí. Lê o mesmo parágrafo novamente. Caí a noite. O mesmo parágrafo novamente…
domingo, 28 de janeiro de 2024
Cidade Nova
A motivação para a escrita veio quando por curiosidade passei a ler sobre a história do samba e cheguei às suas raízes. Desci à Belle Époque com o seu encanto e as suas mazelas. Isso com o apoio de inúmeros autores; entre pesquisadores, jornalistas, cronistas, memorialistas, romancistas, e poetas. Inclusive conversei com guias e malandros vivos. Creio ter escrito do ponto de vista dos pobres; da malandragem, dos capoeiras, dos moradores dos cortiços, dos moradores dos morros, dos artistas, da cidade cosmopolita, das mulheres da vida, e dos boêmios. Além da inclusão de personalidades importantes da época e personagens de sua ficção. Com exceção de alguns autores daquele tempo, não conheço romances produzidos com esse enfoque. Não estou dizendo que não existam. O livro abrange o final do século dezenove e início do século vinte. Mas os acontecimentos nele resgatados nem sempre são fiéis ao tempo histórico. Por isso não pode ser definido como histórico e muito menos jornalístico. Nem era essa a minha intenção. Não sou historiador ou jornalista. A proposta era escrever um livro em que as pessoas pudessem viver por alguns momentos as fantasias e a realidade sombria pouco conhecida daquele tempo do centro da cidade do Rio de Janeiro. Após uma pesquisa de dez anos para Cidade Nova, eu perdi toda a mágoa que sentia por minha cidade ser tão desigual e violenta. Serviu de consolo saber que ela sempre foi assim.
sexta-feira, 26 de janeiro de 2024
Eu leio Henry Miller escondido
É melhor falar...
É melhor falar. Sabemos que a maioria não entende ou não está preparada para ouvir. Mas o pouco apoio que se recebe já vale a pena. Fraco é o que se fingindo de forte não se fortalece, e sozinho implode. Não viva sob uma carapaça que não é sua. Ela pode pesar. Aparentar força não é ser forte. Mostrar fraqueza não é ser fraco. Pode vir a ser robustez.
domingo, 21 de janeiro de 2024
Transtorno Bipolar
segunda-feira, 8 de janeiro de 2024
Nós somos os privilegiados
Nós somos os privilegiados do mundo ocidental. Vocês vivem em zonas de guerra, miseráveis barracos de madeira, e bolsões de pobreza; nós desfrutamos das nossas casas com aquecimento, planos de saúde, e automóveis. Falamos duas ou três línguas, frequentamos terapia, e tomamos remédios controlados para dormir. Vocês comem o que tem e cochilam de sobreaviso. Olhem para vocês… são tão ignorantes que ao dormir não capazes de sonhar. Só porque tal político ou livro diz que sabe o que vocês precisam; nós damos lições de moral nos outros pela Internet. Mas não deixamos de frequentar os cursos e escolas especializadas para que futuramente ocupemos os melhores cargos dentro da sociedade. Sempre teremos uma história triste para contar; de uma vida num subúrbio perigoso ou numa periferia. Até quando somos discriminados fingimos nos preocupar com vocês. Fato é que os nossos filhos estarão bem colocados nas empresas e no serviço público; independente de serem netos de faxineiros ou não. Vocês nunca ouviram a máxima de que conhecimento é poder. Vocês continuarão a viver em meio à desgraça e a fealdade para que nossas vidas se mantenham dentro do expectável. Enquanto debatemos sobre o futuro que para vocês não chegará nunca.