sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

A Xenofobia

Quando brasileiros me perguntam se os portugueses são preconceituosos eu respondo que parte deles é; assim como parte dos brasileiros. E que eles assim como os brasileiros, também sofrem preconceito em outros países. Inclusive parte dos brasileiros não gosta de portugueses. Na Europa eu descobri que parte dos povos não gosta de ninguém. Mesmo entre os povos brancos e ricos. Quando eu pergunto aos europeus o que eles acham dos seus vizinhos, parte deles vem com mil teorias para justificar sua falta de simpatia. E desconfio que na África; assim como na América do Sul, ou na Oceania, não seja diferente. Lembro do tratamento dispensado aos venezuelanos, chineses, e angolanos em terras tupiniquim. Inclusive contra aqueles gringos, brancos, ricos e "lerdos", que parte dos brasileiros olham como "otários". Esperança nenhuma no ser humano. Sem conversa fiada. Aqui, ó!


quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

Dos Círculos

Não escrevo mais sobre isso. Das últimas vezes que escrevi fui enxovalhado e achincalhado. Como dizem. Ninguém muda de opinião. Ninguém quer saber da minha opinião. E existem bilhões de opiniões perdidas no espaço. Hoje tenho preocupações imateriais como as coisas da "mente" e do "espírito". E que aliás sempre foram o meu foco. Mas instigado pela mediocridade desviava do meu caminho. Deixa que eles morram fechados nas picuinhas de um ciclo histórico que se movimenta em círculos aos quais os mesmos não conseguem compreender ou explicar.




quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Não há mais espaço para velhos

Não há mais espaço para os velhos nas casas e apartamentos atualmente. Eles não foram projetados para isso. Antigamente se puxava uma edícula. Hoje, não. Pouco a pouco as crianças são substituídas por animais domésticos e as filhas que cuidavam dos velhos têm as suas próprias vidas. Os velhos de quem tem dinheiro são mandados para a casa de repouso. Se é um velho que produz e consome este é tolerado. Mas um velho que já foi chutado pelo mercado de trabalho é abandonado como um menino em situação de rua. Quem é que vai continuar pagando pensão para esses velhos? A sociedade não vai aguentar. E além do mais ela valoriza a eterna juventude. Aos poucos esses velhos imprestáveis terão de se afastar para morrer... assim como fazem os velhos elefantes.

terça-feira, 28 de novembro de 2023

É preciso andar para a frente

Mesmo que esta não seja uma ideia original… É preciso andar para a frente. Você não pode atrapalhar o fluxo do trânsito de pedestres na hora do rush. Ou os peões que se movem. Tem que se adaptar aos seus ritmos. Você precisa andar para a frente mesmo carregando peso. O seu peso não é problema de ninguém. É preciso andar para a frente sem olhar para cima, para atrás, ou para os lados. Não pare no meio da calçada porque senão vem algum transeunte tromba em você e te joga no chão. Aí eu vou querer ver você soerguer com o seu peso. É preciso andar para a frente. Não olhar para o outro. É preciso andar para a frente. Mesmo que o caminho seja o mesmo.



sexta-feira, 24 de novembro de 2023

Pelo menos por vinte e quatro horas

Escrever para quê? Escrever para quem? Se o mundo sofre de ejaculação precoce e disenteria. Quando o objeto de desejo é meio que uma foda mal dada. Quando o sumo que é a gozada cai no chão antes mesmo da consumação do ato e o único tesão que existe é pelo álcool. Quando todos são influencers e todos os influencers são artistas e o ego se esconde embaixo das auréolas de santos. E as risadas são como expressões de plásticas mal feitas. E quando olhar para si mesmo é ver o reflexo de tudo isso. Quando os leitores morrem de cancro com cem anos em camas de campanha. Escrever para quê? Escrever para quem? É necessário parar. Pelo menos por vinte e quatro horas.


quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Eu e a Escola - Parte Dois

Renato Russo disse que teve um começo feliz. Mano Brown fala que aprendeu com a disciplina do colégio interno dos seus primeiros tempos. Eu penso que o meu início nas antigas escolas foi mais importante do que o que veio depois. Antes de declinar em direção à merda cheio de tédio e depressão e me juntado às gangues ao ter de decorar tanta bobagem e tanta fórmula naqueles salas lotadas e pixadas em meio ao calor e aos banheiros sujos... Mas, ah... os anos infantis... as tias... Os cadernos de caligrafia, e os beliscões da minha mãe quando eu cometia erros. Adorava cantar os hinos todos os dias. A comida das merendeiras. O futebol com amêndoas. O macarrão com salsicha. As festinhas juninas. Os completes, ditados, e continhas. Os uniformes novos, lancheiras, e cadernos. As explicadoras. As normalistas no fundo da sala. E o melhor... a pequena biblioteca em que vivia os livros. Não tenho a menor dúvida que os anos de formação da pessoa são os mais importantes tanto na escola quanto na família.

terça-feira, 21 de novembro de 2023

Eu e a Escola

Eu amei o período da minha alfabetização. Mas eu passei a ser o atrasado da escola a partir do antigo ginásio. Empaquei na quinta série. Repeti 5 vezes. Fiquei dois anos sem estudar, voltei, e até hoje não sei por quais motivos... desde então era o mais velho em todas as classes. Larguei de novo. Fiz provão. Enem. Entrei na universidade. No mestrado melhorou. Tem outros velhos. O ruim de ter sido o velho era que as pessoas olhavam para você como se fosse um intruso no filminho colorido que a escola havia criado e não uma prova de seus fracassos. O que me incomodava e que era chato pra burro é que eu sempre fui voltado para as letras e eles queriam me empurrar os números goela abaixo. E também e sobretudo, apesar de ser um aluno problemático, com problemas com os quais a escola não sabia lidar... Depois de ter concluído a minha licenciatura eu não devo mais nada a ela e ela não me deve mais nada. Estamos quites. Depois escrevo sobre a minha alfabetização...