domingo, 18 de dezembro de 2022

A Bolha

 Eu gosto desse conceito de bolha. A pessoa vive em sua religião, orientação política, time ou grupo; só lê, vê, e vive para reforçar àquilo que ela já pensa. Não quer saber nada sobre o outro ao qual crítica. Talvez para não decepcionar os seus pares e sentir a solidão de pensar por si próprio. Ou quem sabe com medo que algo seja diferente do que acredita. Então prefere viver à base do não vi e não gostei. E sendo assim perde a oportunidade de explorar o mundo. E isso acontece tanto com um prêmio Nobel quanto com o seu Zé das Couves.

As Sequelas da Pandemia

A maior parte das pessoas passou incólume à pandemia. E assim tem de ser. Caso contrário a vida não segue. Mas é perceptível, mesmo à distância, que a pandemia deixou um lastro de destruição psicológica na mente de parte dos brasileiros. Para além dos que foram afetados diretamente com a perda de entes queridos. Independente de muitos terem ou não consciência disso. Pessoas idosas por que ficaram confinadas durante muito tempo enquanto assistiam os falecimentos de indivíduos de sua geração, ou jovens em dificuldades com o trabalho, saíram do Covid mais desesperançados do que antes. E isso passa ao largo das torcidas dos políticos. Muitos de ambos os lados apoiaram os seus algozes sem perceberem que eram manipulados por eles em seu jogo. O sofrimento psíquico é silencioso e o ser humano comum tende a menosprezar a sua saúde mental. Mas, é justamente ela que apresenta o dano mais vigoroso e duradouro.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Oito ou Oitenta

O mundo agora é assim, o mundo agora é assado... Ninguém mais faz isso... Quando pensamos assim esquecemos às diferenças. Acreditar que existe um padrão de ser humano ou que a juventude se comporta de determinada forma é duvidoso. Podemos viver no mesmo tempo histórico, mas não com a mesma mentalidade. Existem adolescentes que pensam como suas bisavós. O que muda e deve mudar é a sociedade com suas leis e organização. Os indivíduos seguem o fluxo. Fora as diferenças culturais existem as personalidades que é um assunto complexo. É por isso que se estivermos atentos, veremos um padrão de comportamento na mídia, que os "formadores de opinião" querem impor para "ajudar", e quando observamos diferentes pessoas ao nosso redor, ele não condiz com a nova "regra". A maior parte dos seres humanos: continua sofrendo, sendo feliz, e tendo as mesmas opiniões que os seus ancestrais.

sábado, 10 de dezembro de 2022

Sobrevivemos

Quando se tem 15 anos tudo é para sempre. Tudo é eterno. Até mesmo a mágoa. Depois dos 40 anos, se você é uma pessoa normal, quando encontra o maior oponente às suas quinze primaveras às apalpadelas tenta saber ver se ele é real. E você começa a bradar e a babar abraçado a ele: "Estamos vivos! Sobrevivemos! Sobrevivemos!" Em praça pública...

sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

A Pestana

Apenas 12 por cento da população brasileira é chegada à leitura… disse um senhor ontem na televisão. Os outros oitenta e oito por cento… não tenho dúvidas de que entre estes existem sábios analfabetos…, mas se a pessoa não é chegada à leitura… logo ao estudo não necessariamente… ou não tem condições de seguir com ele… e se conhecimento é poder… e o poder do povo é o voto numa democracia..., mas se o mesmo povo não está “instrumentalizado” … Por isso que alguns desses indivíduos bocejam diante da política. Pois pensam que o seu voto não faz diferença. E assim ficam apáticos. E quando o assunto é política cochilam… é mesmo, eu vou tirar uma pestana…


quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Queimadores de pestanas

Caros queimadores de pestanas. Aqui vamos soltar algumas pilulas e aforismos. Gotículas, àtomos, e partículas. Mas, lembre-se, nada substitui a leitura de maior fôlego como diz o clichê. Mantenha a discrição com ela, pois quem lê hoje em dia não é bem-visto. Evite sair sozinho e ande sempre em grupo com outros leitores. Com os devidos cuidados... boa sorte e boa leitura!

Vodafone

Um cara olha para o horizonte de cima de um penhasco. O celular toca às suas costas. Ele atende e uma garota combina com ele de se encontrarem. Ela marca um local. Ele vai até ela e devolve o celular perdido. O cara chega em casa e abraça o pai. Ele ia se matar. A menina não era nada sua. Em segundos uma estória com começo, meio, fim, e um plot foi contada numa propaganda.