quinta-feira, 13 de janeiro de 2022
A Burrice e o seu charme
Voz Interior
Eu Mesmo - A neurocientista
disse que nem todo mundo pensa com palavras.
Voz Interior - Como assim? Esses caras não escutam esta tagarela o tempo todo na cabeça?
Eu Mesmo - A mulher disse que muitos pensam com imagens. Então ao invés do cara ouvir a frase na mente: "Que chefe merda!" Ele vê uma selfie que o patrão postou no Facebook na praia de férias?
Voz Interior - E ela ainda disse que muitos nem um nem outro. Porra... então esses caras devem ter tudo a cabeça-oca!
Eu Mesmo - Essa gosta muito!
Voz Interior - Lá vem o 71 com estorinha a essa hora!
Eu Mesmo - O corno anda de peito estufado, todo malandrão...
Voz Interior - Ai, me viu.
Eu Mesmo - Oi, tudo bem?
Sorriso simpático.
O fetiche à liberdade
Nos anos sessenta do século passado, as proibições davam no saco, e a juventude era a vanguarda. Hoje existe mais liberdade, e o discurso dos jovens de direita combina com o dos jovens de esquerda; uns querem liberar o que não é possível, e outros querem proibir o que não se deve. No Japão as pessoas sempre usaram máscaras voluntariamente. Na China tem Lockdown até hoje. Singapura é supervigiada e o governo obriga que diferentes culturas aprendam a lidar umas com as outras, pois é ele quem escolhe quem vai morar perto de quem nos conjuntos habitacionais. Enquanto parte da juventude ocidental, como nas antigas ditaduras, desejam proibir palavras e censuram artistas. Os ocidentais terão de aprender a lidar com a sua liberdade fetichista. Pois os malucos estão cada vez mais unidos, basta ver a bizarrice do Q-Anon. A internet precisa de leis mais severas, e os governantes terão de se indispor com as suas populações, senão algum dia esses doidos irão explodir o mundo. Talvez esteja na hora do mundo hipervigilante das ficções científicas, não por opressão, mas sim por necessidade.
A Revolta da Vacina
Em mil 1904 aconteceu a Revolta da Vacina. O Rio era conhecido como A Cidade da Morte. As pessoas caíam mortas com varíola aos montes, e os gringos que iam para Buenos Aires não queriam nem ouvir falar da cidade. O povo não queria tomar a vacina porque dizia ser invasivo e não acreditava que o vírus inoculado pudesse curar. Alguns políticos se aproveitaram da situação. Pessoas como Rui Barbosa, tido até hoje por muitos brasileiros, como o supra-sumo do saber também foi contra a vacina. No fim todo mundo percebeu que a vacina funcionava e mansamente foi tomar a sua. Mas, apesar deles serem toscos, naquele tempo não existia internet para alimentar as suas teorias da conspiração.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2022
Antivacinas
O Amor
O amor é um cão dos diabos. O amor é fodido. O amor nos tempos do cólera. Do amor e de outros demônios. Ainda é cedo amor... mal começaste a conhecer a vida. Apenas mais uma de amor. All you need is love. This is love. One love. Não se escrevem mais cartas de amor. O meu amor... Todas as cartas de amor são ridículas. Nosso louco amor.. Pra não morrer... o meu único amor. It's only love. Love is a losing game. Quem inventou o amor? Amor estranho amor. Strani amori. Uma mensagem de amor. Amor tô sofrendo... passando um pedaço.
Einstein e Freud
Albert Einstein - Salve, Freud...
Sigmund Freud - Chuta!
Albert Einstein - Irmão, nós estamos juntando uma rapaziada para acabar com essas guerras, já deu.
Sigmund Freud - No que posso ajudar?
Albert Einstein - Eu preciso que você desenvolva um projeto para mostrar para esses gajos que no fundo eles são bons.
Sigmund Freud - Desculpa lá, Albert. Mas não posso fazer isso.
Albert Einstein - Por quê?
Sigmund Freud - Esses camaradas são assim mesmo, Albert. É o instinto de destruição deles.
Albert Einstein - Então?
Sigmund Freud - Não sei se serve de consolo, mas eu leio Friedrich Nietzsche e rezo para que não piore.
Albert Einstein - Amém.