A guerra Hamas-Netanyahu serviu para mostrar o quanto a esquerda odeia os judeus e o quanto a direita odeia os muçulmanos. Agora temos a proibição do uso da burca em Portugal. Parte da militância progressista sempre afirmou que todas as mulheres muçulmanas usam a burca obrigadas. Uma inverdade repetida por falta de compreensão da cultura, costumes e fé alheios. A prova disso é que dois partidos de esquerda se abstiveram na votação.
Os conservadores de direita, em nome de uma falsa preocupação com as mulheres muçulmanas, são contrários ao uso da burca por temerem em seus delírios a islamização da Europa, e também para disfarçarem os seus preconceitos, e por vingança pelos ataques terroristas que ocorreram, como se todos os muçulmanos fossem terroristas.Da mesma forma que verdades históricas descontextualizadas são condenadas por uma moral que é fruto do nosso tempo e da nossa sociedade, agora nós, os todos poderosos ocidentais, que sempre soubemos o que é melhor para os outros, queremos meter novamente o bedelho no quintal alheio. Por causa de um comportamento que julgamos inadequado, partimos numa nova cruzada para libertar supostas vítimas que não se sentem acuadas, por não conseguirmos compreendê-lo. Da mesma forma como no passado convertemos à força índios e africanos. Acreditamos que uma cultura enraizada deve ser mudada de uma hora para outra por nos parecer inconveniente.
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