Eu converso com a tela em branco. Quando se escreve para ninguém é isso que se faz. Como num diálogo interno. Ninguém sabe porque um escritor cisma em escrever, mesmo não tendo a mais remota chance de publicar. São tantos. Eu não sou o único. Parece que arriscamos alguma companhia. Deve ser isto o que almejamos: ter alguém com quem conversar. O tempo todo. Falam também do prazer. Um satisfazer solitário, talvez. Como a masturbação. Qual graça tem praticar esse hobby na solidão do quarto como se fosse um dever. Entupir caixas de livros, os armários de contos, e os blogs de crônicas. Talvez por não ter a mínima habilidade social para puxar assunto. Mesmo fantasiando conversar com inúmeras pessoas ao mesmo tempo. Só nos resta escrever. Talvez seja destino. Outros irão romantizar e dizer que é o que eles conseguem fazer. A verdade é que ninguém sabe o porquê disso.
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