segunda-feira, 23 de maio de 2022
Rotinas
Fato Consumado
Era ser
E foi
Acontecer
Aconteceu
O fim,
Fatídico
Enfim
Verídico
Assim
O termo
Sofrível
Um dia
Atípico
Teve
Provado
Profanado
Bateu
Gamado
De tom dom
Do coração
Primeiro amor
Primeira canção
domingo, 22 de maio de 2022
Autorretrato
Meu amor não quero fazer parte
desta aglomeração
Não quero viver ruminando ou arrumando confusão
Você acredita ultimamente tenho almoçado isso
Pingo garoto na máquina e um pão com chouriço
Exigência de mercado é ser letrado ter dinheiro
Porreiro pra rap, trap, é requisito de maconheiro
Logo eu que fui reprovado no tal colégio da vida
Nas redes sociais eu perco tempo arrumo briga
Um dia desses eu precisei voltar para a escola
E a ignorância ao mundo acadêmico me assola
Perguntam se estou fino sim é claro sempre estive
Pois não é só de bolar finos que um homem vive
Sei quem eu sou, mas nunca onde eu vou
Se o hoje sabe onde estou o amanhã não cabe onde
vou
Depois que inventaram esse tal de politicamente
correto
Quem sempre foi burro agora vive se achando esperto
Eu tenho ouvido muita gente cricri cheia de titi ti
Que quando comem piriri ficam cheios de minimi
Tanto movimento ilegal atualmente ficou chato
O tempo todo batendo na mesma tecla enchendo o saco
Tenho medo de ser cancelado por quem nem sabe que
eu existo
Tomara que não julguem Judas Iscariotes como se
fosse J… Cristo
Realizei o sonho da minha vida da arte de viver e
amar
Nos dias correntes que também me deixa contente é
não pensar
Preciso interpretar, fazer música, escrever livro,
filmar e compor
Mas lembre-se sempre do ditado antigo estarei
contigo onde for
Eu me sinto perseguido e muitas vezes inúmeras
censurado
Pode ser que isso seja uma alucinação minha ou que
seja errado
Eles sempre querem literatura de florzinhas e botão
de rosas
Quanto a mim tenho sempre dito aqui que o mundo é
foda
Preciso aprender a samplear no Reaper, pois a vida
é dura
Eu faço música no aplicativo e o Youtube censura
Eu não envio mais as músicas para mais ninguém
Pois ninguém diz o que achou ou se ficou ruim
também
É só tapinha nas costas e de tanta tapinha nas
costas
Você pega a Síndrome de Estocolmo e no fim até
gosta
Não quero ser igual aquelas meninas que posam de
vítimas
E se a cara for rica e famosa o juiz logo então
íntima
Eu passei tanto tempo com meu talento no ostracismo
Que atualmente abracei o cinismo, estoicismo e
niilismo
E tudo que eu tenho eu vou guardar para mim e para
você
Vamos abraçar a liberdade inventando um novo jeito
de ser
Acho que não consigo mais parar apenas acho que não
Eu sou um relógio ligado no duzentos e vinte e sem direção em sua rotação
Não há voltas a dar...
Não há voltas a dar
Não há como voltar para o mesmo lugar
A vida é cíclica e circular
Onde você estava é onde você está
O início é o começo do fim
Tudo começa onde vai parar
Tudo termina onde tem de começar
O meio é o que dá para alcançar
Regredir às vezes é continuar
Permitir nem sempre é regressar
Partir de um vez pode ser parar
Tudo para viver que não há voltas a dar