Hoje eu ouvi Este Amor, Caetano. Esta música suavizou a minha manhã. Não sei o porquê, mas quando eu a ouço me lembro do Rio dos anos 80, especialmente das noites do centro, da zona-sul, e das praias. Tenho a mesma sensação ao ouvir a sua gravação de A Lua e a Estrela de Vinícius Cantuária, o Charme do Mundo de Marina, e A Noite do Prazer de Cláudio Zoli. Sei que o Rio real nunca foi como nessas músicas, mas é o Rio dos meus sonhos, o Rio que eu gostaria que tivesse existido. No tempo em questão era criança e a minha cultura da qual me orgulho sempre foi suburbana, além de infelizmente conhecer o Rio, mais do que seria recomendado para um poeta. São músicas como a sua parceria com Ferreira Gullar, Onde Andarás, Até Pensei, de Chico Buarque, e Anos Dourados dele com o Tom Jobim, ou Lama nas Ruas de Almir Guineto, que fazem com que eu vá para este lugar. Mesmo agora, quando nossas esperanças acabaram. Desculpa, é a minha opinião, e nem digo que não seja saudosista ou pessimista. Eu não desejo mais voltar para o Brasil, até porque o Brasil que eu amava acabou há décadas. Mas, por alguns segundos, poetas como você conseguem me fazer voltar a um lugar e a um tempo onde nunca estive.
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