Charles Chaplin vai embora sozinho ou com o cachorro e o garoto balançado a sua bengala caminhando na linha do trem. É o mesmo final de Pixote, depois de Betty Faria não querer fazer sexo com ele. Pobre menino, volta para São Paulo caminhando pela linha do trem. Com naquela foto das casas das avós do menino na linha do trem, vestido de cowboy e com a bunda de fora. É o mesmo final do Didi indo embora sozinho, no fim o Didi nunca fica com a mulher, apesar de ser o protagonista, nunca se dá bem. É o Russo do Chacrinha, indo embora sozinho naquele documentário, de chinelos, naquela rua triste do subúrbio. Acabou, chega, é o fim. Foi todo aquele turbilhão, foram tantas emoções, mas acabou. Aquilo foi só um momento. É assim nos filmes, e é assim também na vida.
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