Falar do Bolsonaro é
fácil. Eu quero ver você pertencendo aos meios culturais falar do Lula. Eu
argumento que o Lula roubou, está fotografado, filmado, documentado; a pessoa
diz que não, e invariavelmente ganha o páreo. Talvez alguém faça isso aqui
embaixo nos comentários. Mas a minha questão com o Lula está ligada à minha
memória afetiva. Na época eu ia com frequência à biblioteca do Manguinhos. O
Lula foi ao Manguinhos com o seu amigo, agora presidiário, Sérgio Cabral. Um
garoto do Manguinhos se aproximou do Lula e do Cabral, e fez cobranças a eles,
sobre uma quadra, uma piscina, e a violência policial. O garoto era a imagem da
minha infância e adolescência, de pessoas que eu conhecia e via no espelho. O Lula e o Sérgio
Cabral detonaram o garoto. Inclusive ele foi chamado de otário, pelo segundo, e
acusado de encobertar o tráfico. Sérgio Cabral se ocupava do garoto enquanto
Lula (como se o garoto fosse ninguém) dava ordens aos seus assessores para
maquiarem a piscina fechada, pois teriam problemas nas eleições e com a
imprensa. O Lula estava irreconhecível. Sabe aquele PM que te esculacha no meio
da rua? O seu linguajar era típico de um bandido. Eu fiquei com lágrimas nos
olhos. Desabafei com a minha esposa e fiz uma música, o que não diminuiu a
minha desilusão.
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