Hoje é fácil roubar tempo da leitura, ainda mais se ela estiver dentro do mesmo aparelho conectado a todas as maravilhas do mundo. aqui na Penha não teve livraria. os livros de papel vão acabar, e aqui na Penha não teve livraria, não que eu me lembre. alguém me corrija se eu estiver errado. o sebo clássico era aquele perto do Gomes Freire, desde a época em que eu não era um bom aluno, eu o conhecia. ele trocava livros, e tudo. li muita coisa ali. mas outro dia perguntei a um amigo dele porque ele sumira. o seu amigo disse que a família estava preocupada com a sua saúde, e que o trabalho não compensava, e que ele havia jogado os livros fora. ali mesmo, no meio da rua. esse foi um gesto simbólico que representou o fim de uma era. os livros foram para o lixo. por isso que não podemos recusar um pedaço de ouro vendido a um real. como me disse um colombiano numa feira do centro em que segurava O Veneno Da Madrugada, García Márquez, um real, não tem o que pensar!
Nenhum comentário:
Postar um comentário