(Selecionei o trecho que
considero mais polêmico)
Você é um artista desconhecido em
seu país, como é ser estudado por um dos maiores antropólogos do mundo numa das
maiores universidades do mundo? Eu disse: não faz diferença. Você faz isso e
pronto. É o que tem que fazer. Eu sou um artista como outro qualquer. O
repórter me perguntou: e ser estudado em inglês, se você escreve... Eu disse: é
como ler Henry Miller sem saber inglês. Você olha aquelas palavras ali no papel,
e não entende nenhuma delas. Mas sabe que tem alguma coisa. A barreira da
língua não existe. Nem todo mundo que gosta dos Beatles sabe inglês. Mas saber
um pouco de inglês é bom, eu disse, e o repórter sorriu. Você defende a
legalização da Marijuana... Defendo porque eu vivo na América latina. E por que
lá morre muito mais gente do que aqui, por exemplo, por causa da bebida, do
cigarro, e da violência do tráfico de drogas. Se bem que lá agora o crack que está
fortíssimo. E o tráfico é uma empresa que não sabe lidar com produtos e
clientes. Seria melhor que fosse regulamentado para que existisse controle, e
fiscalização. O seu argumento é esse? Não é o meu argumento, a lei seca não acabou
com a bebida no seu país... É a mesma coisa. No outro dia o Presidente Obama
falou que era a favor do casamento gay, dias depois foi feita alguma coisa por
aqui, e acredito que isso tenha ajudado. Dependemos de vocês. E espero que
entendam isso, até porque as maiores vítimas somos nós, e não vocês.
Tomara que eles publiquem na
íntegra.
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