Duas pessoas das minhas relações tiveram um desentendimento e uma delas justificou o fato acusando a outra de ser bipolar. Sendo que a pessoa em questão não tem nenhum diagnóstico de bipolaridade. No Brasil, o termo "bipolar" virou sinônimo de pessoa agressiva. Principalmente ao fazer referência a mulheres ciumentas do tipo que arrebentam os vidros dos carros de seus parceiros. Preconceito dobrado. Algumas vezes dito em tom de ironia, e outras a sério. Muitos advogados na tentativa de amenizarem as penas de seus clientes alegam doença mental independente se esses as têm ou não. Argumentam que o réu estava deprimido. Se uma pessoa com diagnóstico de depressão ou bipolaridade comete um crime violento, os jornalistas fazem questão de frisar esse aspecto. Como se a doença fosse a causa do ato. Muitas vezes fazendo referência ao abandono do tratamento. O que também não justifica determinadas atitudes. Doenças como a depressão, onde não existem sintomas psicóticos, não tornam ninguém violento. Isso é uma questão de caráter. Essa propaganda negativa só aumenta o preconceito; e faz com que nós, os doentes, que já sofremos com os estigmas de sermos portadores dessas doenças, soframos ainda mais. E também desestimulam outras pessoas que precisam a buscarem ajuda. Da mesma forma que criam a imagem do doente como perigoso. Mesmo quando o maior perigo que ele representa é para si mesmo.
quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024
terça-feira, 6 de fevereiro de 2024
A loucura da loucura
Ao ser atendido por um psicólogo eu me senti exausto tendo que reviver tanta coisa. Por alguns momentos pensei se eu não estava mentindo. Tenho consciência de quem sou. Isso dá a sensação de estar me vendo de fora como se fosse outra pessoa. Senti medo. Raul Seixas fala sobre o medo da loucura em algumas canções. Entendo o que diz. O mesmo acontece quando ouço Renato Russo cantar que esteve cansado por causa do seu orgulho, egoísmo e vaidade. Fazer uma análise de si mesmo é como pensar sobre a loucura que é a loucura.
A importância da cultura
segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024
Violência
Eu li um autor respeitado em muitos meios que pregava a luta armada para os povos oprimidos. E defendia que isso era autêntico como último recurso. Meu amigo, eu cresci em bairros violentos. Sou traumatizado por isso. Violência de nenhum tipo sobre qualquer aspecto. Não vou nem entrar no mérito; de que, quando o poder muda de lado, normalmente os que são oprimidos, se tornam eles, os opressores. Quanto mais os anos passam, mais eu me convenço de que a paz precisa prevalecer de qualquer forma. Nenhum ato de violência é justificável. Nem contra o estado, nem a favor dele. Nem dos marginalizados, nem de quem quer que seja. Eu pensava e falava esse tipo de bobagem quando era adolescente. Com o tempo aprendi a valorizar a vida. Percebi o valor que ela tem com as perdas. Tirar a vida de ninguém sobre hipótese alguma. Hoje eu tenho pavor de violência. Paz!
domingo, 4 de fevereiro de 2024
Imprevisibilidade Humana
Antigamente quando alguma máquina de fliperama travava com um problema que aparecia na tela; nós dizíamos que a máquina havia dado "tilt". E sempre lembro disso, quando num ato repentino, alguma pessoa, de onde menos se espera, tem uma atitude agressiva. Eu lembro do tilt. Pois nós seres humanos também damos tilt, ou "bugamos". Mas poucos saben ou admitem isso.
sábado, 3 de fevereiro de 2024
Dizer a Verdade
Dizer a verdade em seu trabalho; estudo, ou vida social, pode ser digno, mas também é perigoso.