ele contou que a sua filha havia dito na sexta feira a noite, que ele iria acabar com o fim de semana dela, dá pra acreditar?! aí ele disse para ela se aquietar, que ainda havia o sábado, o domingo, e muitos finais de semana maravilhosos pela frente. o jogador também estava nessa reunião, e aí o jogador disse que aquelas eram palavras simples, sábias e profundas. e lamentou o fato de ter tapado os ouvidos para elas. pois lembrou de tê-las ouvido em algum momento da adolescência. mas o jogador sabia do perigo da adrenalina da idade. de toda pressa, e cobrança por perfeição. depois disso o mordomo serviu o chá, e disse que estava um lindo dia lá fora, para quem conseguia desviar o olhar do lixo nas ruas, e dos pontos de ônibus, superlotados. o céu estava azulzinho. as árvores esplêndidas. foi aí que tocou She`s Leaving Home dos Beatles ao fundo... você quer saber tudo? leia um livro!
segunda-feira, 9 de junho de 2014
sexta-feira, 6 de junho de 2014
BRT...
ele disse, sabe cara, nós devemos conscientizar as pessoas, e parar de esperar pelos políticos, vamos agir como uma verdadeira comunidade, e espalhar essa ideia nos botecos, nas igrejas, nas escolas, vamos comentar com os nossos amigos. pois nós sabemos que esse BRT é uma máquina de matar pobres. então o quê nós temos que fazer, pois o bochecha corada não sabe o quê faz parte da nossa cultura, e que assim como em Madureira, aqui na Penha, quem fecha alguns sinais é o povo! as pessoas vão ter que se acostumar a atravessar todas aquelas pistas nas horas certas. nós temos de dizer isto a elas, independente do que elas pensem. não dá para mudar o que já está feito. é uma questão de vida ou morte. ele disse, até mais, cantor! eu disse: até mais! ele pulou dentro do ônibus para vender balas.
quinta-feira, 5 de junho de 2014
Lei da Palmada...
não há educação,
não há saúde,
não há cultura,
então não deve haver palmada...
não há saúde,
não há cultura,
então não deve haver palmada...
quarta-feira, 4 de junho de 2014
Fante, Bukowski, e Bandini...
eu conheci o Fante na biblioteca. por intermédio de Bukowski. eu não gostava muito do Bukowski, porque ele tinha aquela fama de beberrão, e de brigão no meio da rapaziada, como se ele só fizesse beber, e foder o tempo todo. a rapaziada ficava tentando imitá-lo, e isso me irritava. mas aí ele me falou sobre como havia conhecido o Fante, e eu achei aquilo curioso. ele me disse que eu ia gostar de conhecer o Fante. então eu conheci o Fante numa tarde, e ele me apresentou ao Bandini num quarto de pensão onde eles moravam, um lugar todo empoeirado. Bandini e Fante me disseram que aquele havia sido um ano ruim, eles falaram sobre Bunker Hill, sobre a juventude... e Bandini me falou sobre aquela primavera... depois nos encontramos novamente a caminho de Los Angeles. e eu percebi que toda aquela história havia começado ali. quando me reencontrei com Bukowski, ele me contou a sua versão da história, e eu gostei de trocar ideia com o velho sujo. foi só isso doutor, ele bate o cigarro no cinzeiro, e diz. o meu depoimento termina aqui. eu desligo a televisão. e pego um livro.
segunda-feira, 2 de junho de 2014
Isso Aqui É Flamengo!
excelentíssimo presidente Bandeira de Melo, hoje eu vi um dos ícones da minha infância. outro dia um deles entrou aqui para consertar o telefone. nós nos comunicamos pelo olhar. pois na correria do dia a dia, é necessário para que você diga a pessoa o quanto a estima, e o quanto a quer bem. somos um time que joga com o olhar. por música, como se dizia na época em que o Jayme e, ou, o Andrade jogava a deixa era o olhar... eu perguntei a ele, e o Flamengo? ele disse, o Flamengo está ruim. e apontou o polegar para baixo. eu disse a ele, parecia que eles estavam jogando de sacanagem! ele confirmou, e descobri que não estava enganado. eles não ganharam aquele jogo sozinhos, sem a nossa ajuda, aos quarenta e cinco do segundo tempo. literalmente. com um gol impedido. eu me lembro de um radialista ter dito, quem fez aquela gol foi a camisa do Adílio, e do Elias! e por falar nisso, o caos começou ali... com aquela frustração do Elias. eu vi uma foto do Léo Moura com os caras num jornal. eles estavam comendo antes de um jogo da Libertadores. e ali eu soube que eles não iriam ganhar, sei lá, a cara de sono deles. já que o time é a torcida, jogador, entra, e saí do clube. e por falar em jogador, sejam sempre gratos ao salário que vocês recebem, para brincar, para fazer o quê vocês gostam, e que não tenho a mínima dúvida, mais amam, pois, o sonho de jogar de futebol, parece ser de boa parte de nós. eu mesmo sou um jogador frustrado. e se não fosse o futebol, será que vocês ganhariam toda essa bolada? se vocês não forem gratos ao Flamengo, que sejam gratos ao esporte. pois a vida que vocês vivem, embora tenham seus problemas, pelo menos no que tange o lado material, não é a vida da maioria das pessoas desse país. Marlon Brando disse, se me pagassem para não fazer nada, eu não faria nada, mas já que me pagam para fazer cinema, eu vou fazer cinema direito. basta que vocês olhem um trem lotado, e vejam as pessoas indo pegar no batente, pessoas que não tem tempo nem para ver seus filhos. enquanto vocês se sentem entendiados, e longe da família, nos finais de semana em hotéis bacanas. com internet, telefone e videogame. enquanto as pessoas vivem com um salário, e não tem nem como pagar o ingresso de um jogo do Flamengo, e que dirá da copa. não cabe no orçamento. nós que ficamos com os nossos rádios de pilha em casa, pois esse é um dos únicos prazeres gratuitos que temos, já que não temos dinheiro para ir em teatros, shows, cinema e boates. então se muitos de vocês estivessem naquele vagão. sabe se lá que vida teriam. são pagos para brincar, para correr atrás de uma bola. mas não fazem isso. e num vem com essa música do Ney Franco de Na Beira do Caos, não, que nós não queremos lutar para não cair... nós queremos lutar pelo título! vocês lembram da torcida cantado, isso aqui é Flamengo... usem esse tempo para refletir. e nos encontramos depois da copa! rumo ao título.
domingo, 25 de maio de 2014
WhatsApp!
dentro da sala de aula.
na sala de espera. na fila do banco. do supermercado. diante das palavras dos
sacerdotes, dos professores, psicólogos e sábios. se equilibrando no trem. na
fila do hospital. enquanto atende. enquanto é atendido. bebe, fuma, ou assiste
a uma palestra. na fila do supermercado. no enterro. na creche. na unidade de
tratamento intensivo. no crematório. dentro do carro. no semáforo. no
engarrafamento. antes do coito. depois do coito. no jantar entre amigos. na
reunião de família. no meio da oração. da declaração romântica. da divagação.
da leitura. da meditação. no banheiro. durante a fantasia. enquanto dorme.
dentro do cinema. ao acordar. enquanto faz carinho. enquanto recebe carinho.
ouve música. enquanto vive. andando na rua. entre os carros. em plena na
avenida. durante os ensaios. na concentração. no meio da entrevista. enquanto
assiste ao filme. enquanto espera a morte. no silêncio. WhatsApp!
quinta-feira, 22 de maio de 2014
Seis Reais...
ele viu os seis reais em cima da mesa, e pensou, deve ser o dinheiro do pão. enfiou na carteira para qualquer imprevisto. voltou para casa. ela ligou, e aí, como é que estão as coisas? ele disse, tem seis reais aqui. tudo bem, ela disse. não era o dinheiro do pão. quando o vizinho bateu na porta. ele abriu. o vizinho disse: tem seis reais para emprestar? ele disse. tenho. deu o dinheiro ao vizinho que disse, é para comprar cigarros... fechou a porta. o vizinho bateu na porta. devolveu o dinheiro. disse. obrigado. enfiou na carteira para qualquer imprevisto. voltou para casa. no dia seguinte pela manhã bateram na porta. a vizinha. ela disse: perdi o meu cartão, já estava dentro do ônibus em direção ao trabalho, tem seis reais para emprestar? ele disse. tenho.
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