Ninguém deu bola. Estava
ali sentado lendo, e se espremeu como todo mundo na hora da saída. Deve estar curtindo
um pouco a vida depois daquela loucura de beatlemania. Voltou a ter um cotidiano
normal. É uma pessoa comum, agora. Mas será mesmo? Ou ele ainda é o Paul McCartney
que faz parte da história da música mundial? Na saída da estação o vi se
afastar tranquilo com a sua bolsa a tiracolo e o seu jornal. Coincidência ou
não, “Drive My Car” tocava num desses carros pretos enormes, ocupando
espaço, fazendo barulho, e poluindo a cidade.