A brisa que passa, na beira da praia, no rastro da onda do mar
Deixando um lastro, de luz solar
É um atropelo, do que está para chegar
O destempero, que vem acomodar
Dentro do quarto, no escuro da tela, eu quem te vejo
dormir
A visão mais bela, daqui da janela, é sempre você a sorrir
Futuro sem trela, numa esparrela
Todo o prazer vem daqui
Vamos mergulhar na escuridão do mar
Fazer amor até o dia raiar
Em teu calor e sem saber nadar
Chegar tão fundo até o sol brilhar
A vida que resta, a tarde da sesta, é mais um dia de
verão
A sua mão destra, a rede na aresta, o rés desnível do
chão
Biquíni aperta, eu quem não presta
Você chamando a atenção
Todas as férias, com alguma féria, então será sempre
assim
Na casa fresca, de segunda a sexta, dentro do meu
pixaim
Com ânimo dobre, você quem resolve
Por mim nunca mais vai ter fim
Vamos mergulhar na escuridão do mar
Fazer amor até o dia raiar
Em teu calor e sem saber nadar
Chegar tão fundo até o sol brilhar