segunda-feira, 22 de julho de 2013

Tipo, Rolando Boldrin!

este cara que eu conheço é um bom contador de causos. pouco importa se é história ou se é estória. ela te prende. gosto de bons contadores de causos. tipo, Rolando Boldrin. ser um bom contador de causos independe de profissão, ou formação didática. o cara não precisa nem saber escrever. no caso dele, ele lê, e escreve bastante. e também já viajou um bocado. o que com certeza ajudou no seu conhecimento. então paro e fico ouvindo esse cara durante todo o tempo. ele diz: o cara apareceu na rua. ele tava com uma Kombi da firma em que trabalhava, e queria que a gente fosse com ele no centro. aí nós fomos, eu, ele, e mais dois moleques. aí num dos sinais da Leopoldina um cara disse de outro carro: pô, que cheiro de maconha, hein! o motorista olhou pro lado com a cara mais cínica do mundo, e disse: num tô sentindo, não! aí a fumaça começou a sair da Kombi. pô, como é que tu não tá sentindo? o motorista não deu mais ideia a ele. o cara olhou pro sinal, e disse: polícia! encosta... aí todo mundo desceu da Kombi. o parceiro dele ficou olhando os documentos, e ele ficou fazendo pergunta. nisso o motorista disse: esses caras ficam tudo no meio da rua de bobeira. aqui tá tendo muito assalto... não deixa de ser uma segurança, doutor. e o policial disse: mas, fumando maconha! o policial me perguntou: o que você faz? eu disse: sou estudante. ele virou pro outro moleque, e perguntou. e você, o que faz? ele disse: também sou estudante. e quando virou pra esse moleque que eu tava te falando, ele perguntou: e você, faz o que? ele respondeu assim: eu não faço nada... e o policial perguntou: como assim você não faz nada?! ele disse: eu não faço nada! o policial disse: você não trabalha? ele disse: não, eu nunca trabalhei! aí o policial perguntou indignado. e como você, vive? o meu pai me banca! o policial bufou, e desistiu. o parceiro dele devolveu os documentos e entrou no carro. o carro saindo, ele pôs os braços pra fora da janela do carona, e perguntou: você nunca trabalhou? aí esse moleque reafirmou: não, eu nunca trabalhei! ele sorri e dá um trago no cigarro...

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