quarta-feira, 27 de junho de 2012

Eu vou ser capa do New York Times de Amanhã

(Selecionei o trecho que considero mais polêmico)

Você é um artista desconhecido em seu país, como é ser estudado por um dos maiores antropólogos do mundo numa das maiores universidades do mundo? Eu disse: não faz diferença. Você faz isso e pronto. É o que tem que fazer. Eu sou um artista como outro qualquer. O repórter me perguntou: e ser estudado em inglês, se você escreve... Eu disse: é como ler Henry Miller sem saber inglês. Você olha aquelas palavras ali no papel, e não entende nenhuma delas. Mas sabe que tem alguma coisa. A barreira da língua não existe. Nem todo mundo que gosta dos Beatles sabe inglês. Mas saber um pouco de inglês é bom, eu disse, e o repórter sorriu. Você defende a legalização da Marijuana... Defendo porque eu vivo na América latina. E por que lá morre muito mais gente do que aqui, por exemplo, por causa da bebida, do cigarro, e da violência do tráfico de drogas. Se bem que lá agora o crack que está fortíssimo. E o tráfico é uma empresa que não sabe lidar com produtos e clientes. Seria melhor que fosse regulamentado para que existisse controle, e fiscalização. O seu argumento é esse? Não é o meu argumento, a lei seca não acabou com a bebida no seu país... É a mesma coisa. No outro dia o Presidente Obama falou que era a favor do casamento gay, dias depois foi feita alguma coisa por aqui, e acredito que isso tenha ajudado. Dependemos de vocês. E espero que entendam isso, até porque as maiores vítimas somos nós, e não vocês.

Tomara que eles publiquem na íntegra.

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