segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Corredor Polonês de Crente

De longe ouviu a gritaria. O senhor vai voltar. Acha aquilo estranho, mas continua andando. Vê uma porção de homens de terno e senhoras de vestidos longos. Caixinhas de som, e entrega de folhetinhos. Recebeu um da mão de uma senhora com cara de ralei muito. Numa mesa um bandido estava sentado com todo o produto. E o outro em pé ao lado dele. Não entendeu aquele corredor polonês de crentes na rua da boca. Pó de cinco. Maconha de dois. Era o que o vapor gritava. Da mesma maneira que eles gritam naquelas filmagens de câmera escondida na tevê. E ele disse: maconha de dois. E aí foi jogar o folheto fora, na lata de lixo próxima. O bandido com um boné de NY disse: não faça isso! Não fez. De repente surge um moleque que fazia a contenção no beco e grita: pastor, hoje eu não tô bem, me dá uma luz! O homem de terno põe a mão na cabeça do rapaz. Ele pega a maconha e quando vai sair, o outro moleque diz: qual é? Não pode sair agora não, é falta de respeito, ô! O cara fica por ali e pensa que vai chegar atrasado ao trampo de segurança.

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